O trabalho “A interface APS e Vigilância em Saúde, Municípios e Unidades prisionais no Contexto da Pandemia de COVID-19 é um dos finalistas do programa APS Forte no SUS – no combate à covid-19, promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde que integra a Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). A inciativa tem como objetivo dar visibilidade às boas práticas desenvolvidas pelos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. Em 2020, foram inscritas 1.631 experiências das quais apenas 30 foram selecionadas para a final.
O trabalho realizado na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas foi desenvolvido a partir da notificação da Vigilância Epidemiológica do município de Corinto, da ocorrência de um surto de Síndrome Gripal no presídio localizado naquele município, em maio de 2020. A partir de então, iniciou uma ação integrada entre o Núcleo de Epidemiologia e o Núcleo de APS da SRS Sete Lagoas com ações de enfrentamento e controle do surto.
A coordenadora de Atenção à Saúde da SRS Sete Lagoas, Ludmila Patente, destacou que a boa condução da situação deveu-se à intervenção precisa e articulada entre as referências envolvidas. “Sempre procuramos trabalhar com a máxima interação entre os setores da regional, e expandir essa interação entre as referências da regional dos diversos setores com as referências dos municípios e as diversas instituições”, destacou Patente.
Dentre as ações de destaque realizadas pelo trabalho finalista, estão a integração entre a Atenção Primária à Saúde e a Vigilância Sanitária em nível regional, o fomento da integração APS e VS nos municípios onde foram detectados surto de covid-19 nos presídios, o fornecimento de apoio institucional envolvendo a comunicação diária com APS dos municípios, enfermagem do Sistema Prisional e Coordenação no nível Central, além de outras iniciativas.
A ação ainda passou pela sensibilização dos municípios para os direitos da pessoa privada de liberdade, abordando PNAISP, PNAB, equidade em Saúde das populações, vulnerabilidades e investimentos em implantação das ações de prevenção, com integração e monitoramento da situação pela SRS, municípios e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (SEJUSP-MG) para evitar o surgimento de casos novos, como explica a enfermeira e idealizadora, Sione Dias. “Um dos problemas fundamentais para a efetivação de políticas públicas de saúde e sociais voltadas às pessoas privadas de liberdade é a superação das dificuldades impostas pela própria condição de confinamento, que dificulta o acesso de forma integral e efetiva à promoção, proteção e recuperação da saúde deste público”, observa Dias.
O superintendente regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, parabenizou a iniciativa e a condução da situação, além de exaltar a integração entre as equipes: “Esse projeto de Sione e equipe vem afirmar o compromisso e seriedade com que o Estado de Minas, por meio da Regional de Saúde de Sete Lagoas executa o combate ao novo coronavírus”, observou o superintendente, que ainda completou “espero que mais ações como essa sejam realizadas aqui na SRS Sete Lagoas, fortalecendo ainda mais o nome dessa instituição e o profissionalismo com que nossos colaboradores exercem suas funções”.
Autor: Nayara Souza