Como encerramento das atividades da campanha de multivacinação, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pirapora, com iniciativa da Assessoria de Governança Regional Estratégica e parceria da Coordenação de Vigilância em Saúde, promoveu a Oficina de Comunicação para Vacinadores, com tema: Hesitação Vacinal como um Problema do Campo da Comunicação, na tarde de 11/11.
Para condução da oficina, a GRS Pirapora contou com a jornalista e servidora da GRS Ubá, Keila Siqueira de Lima, que é referência técnica regional em comunicação e mobilização social, além de pesquisadora do tema comprometida em difundi-lo no território mineiro. O encontro teve participação de enfermeiros, técnicos em enfermagem, agentes comunitários de saúde e vacinadores municipais, que levaram para casa reflexão e estratégias práticas de como sanar esse problema na microrregião.
O Ministério da Saúde define a hesitação vacinal como um fenômeno complexo e dinâmico, que varia conforme o tempo, o contexto, o território e o tipo de imunizante. A prática inclui não apenas a recusa total da vacina, mas também atrasos ou a escolha de tomar algumas vacinas e deixar outras para depois — o que amplia o risco de infecção e o reaparecimento de doenças previamente controladas ou eliminadas pela vacinação.
Com o intuito de orientar como a comunicação tem papel fundamental na mitigação da hesitação vacinal, Keila Siqueira de Lima abordou o tema de maneira clara e didática.
Segundo ela, “as pesquisas na área da comunicação têm demonstrado que o contexto comunicacional exerce um papel central na decisão individual de se vacinar.” Ela ainda pontuou que a sensibilização e a capacitação dos profissionais da saúde são fundamentais para uma abordagem comunicativa qualificada, que seja capaz de estabelecer vínculos, esclarecer dúvidas e fortalecer a confiança da população. “Somente assim poderemos avançar na reconquista das altas coberturas vacinais que já tivemos no país,” acrescenta.
Luciana Veloso, assessora de governança regional estratégica da GRS Pirapora acredita que a intersetorialidade é essencial para enfrentamento dos desafios na saúde pública. “Apesar de o problema central ser de responsabilidade da vigilância e da assistência em saúde, os mecanismos de solução podem estar além dessas áreas, como no caso da comunicação.” Para ela, foi importante que profissionais desses setores fossem treinados para oferecer assertividade na comunicação com o público. “Convencer uma população deliberadamente influenciada pelas mídias sociais requer treinamento e visão ampliada do problema”, pontuou Luciana.
Rubens Araujo da Silva Junior, referência técnica em Imunização, da Coordenação de Vigilância em Saúde da GRS Pirapora, considerou a relevância da oficina para melhoria dos indicadores de cobertura vacinal do território. “Especialmente por abordar um tema tão atual e desafiador como a hesitação vacinal. A discussão sobre estratégias de comunicação em saúde foi muito enriquecedora e reforça a importância do diálogo claro e empático com a população”, ressaltou.
O diálogo acessível à população, de forma que se compreenda a importância da vacinação, pode garantir a proteção contra doenças imunopreveníveis e epidemiologicamente relevantes no Brasil. As vacinas salvam vidas e são disponibilizadas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde em todo país.
Por: GRS Pirapora
Foto: GRS Pirapora
