A BCG (Bacilo Calmette-Guérin), conhecida pela “marquinha” deixada no braço, é aplicada nos primeiros dias de vida do bebê e protege contra tuberculose, meningite tuberculosa e tuberculose miliar. A principal reação é o surgimento de uma cicatriz próxima ao ombro, onde é aplicada, o que indica que a vacina estimulou a imunidade da criança.
Com o intuito de aprimorar a aplicação da vacina BCG e garantir a proteção contra formas graves da doença, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI), promoveu, nos dias 17 e 18/11, uma capacitação para profissionais de saúde das microrregiões de Sáude de Guanhães, Itabira e João Monlevade.
A capacitação, organizada pela Coordenação de Promoção, Cuidado e Vigilância em Saúde da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), teve o apoio da Coordenação Estadual do Programa de Imunizações e visou aumentar o número de profissionais capacitados para a aplicação correta da vacina BCG, especialmente por sua via intradérmica, indicada para recém-nascidos.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da GRS Itabira, Aline Graziele Fernandes Martins da Costa, ressaltou que a capacitação foi fundamental. “Nosso objetivo é garantir que os profissionais das salas de vacinas estejam alinhados aos padrões do Programa Nacional de Imunizações, oferecendo segurança para a aplicação”, afirmou.

A parte teórica da capacitação foi conduzida por Roberthy dos Santos Ravaiani, coordenador de Imunização e Campanhas da Secretaria Municipal de Saúde de Viçosa. O treinamento foi dividido entre teoria e prática. “Queremos proporcionar uma formação completa, com foco no manuseio correto da vacina e no preparo para situações adversas durante a aplicação”, explicou Roberthy.
Marcella Cristina Silva Braga, referência técnica em Imunização da GRS Itabira, destacou a importância da capacitação contínua para a qualidade dos serviços de imunização. Ela enfatizou que a BCG exige técnica apurada e que o curso teve o objetivo de esclarecer dúvidas teóricas e proporcionar treinamento prático supervisionado. “Os participantes demonstraram entusiasmo e reconheceram o impacto positivo dessa formação para a saúde municipal”, concluiu.
O cronograma de atividades incluiu, no dia 17/11, a palestra “A vacina BCG e suas especificidades”, com 8 horas de duração, das 8h às 17h. No dia seguinte, 18/11, a equipe da Coordenação Estadual do Programa de Imunizações conduziu a oficina prática sobre a “Administração da vacina BCG intradérmica”, com 4 horas, das 8h às 12h, no ambulatório da FUNCESI. O objetivo foi assegurar que os profissionais de saúde compreendam as particularidades da aplicação da vacina BCG e sua relevância para a saúde pública.
Por: Flávio A. R. Samuel
Fotos: Arquivo Núcleo de Vigilância Epidemiológica
