Treze centrais de regulação em Minas são responsáveis por resolver as demandas do SUS
Uma reunião nesta quinta-feira (10/04) no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, entre representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais e a Fundação São Francisco Xavier reforçou o compromisso do Estado em oferecer agilidade à população na utilização e buscas por leitos hospitalares. Na pauta, o SUS Fácil, programa que tem como objetivo facilitar a transferência e o remanejamento de pacientes de acordo com a complexidade do atendimento para hospitais de referência e a aquisição em instituições privadas de leitos e serviços para pacientes que não encontrem vaga em leitos do SUS no Estado, a partir de buscas feitas pelas centrais reguladoras.
Estiveram em Ipatinga a superintendente de programação assistencial, Vânia de Freitas Drumond, a médica e coordenadora estadual de regulação, Maria Cristina Viegas Cançado, o superintendente regional de saúde de Coronel Fabriciano, Anchieta Poggiali, o coordenador macrorregional de regulação, Juliano Dantas de Menezes, o diretor executivo da Fundação São Francisco Xavier, Luís Márcio Araújo Ramos, o diretor do Hospital Márcio Cunha, Mauro Oscar, e a gerente de assistência do HMC, Ana Rosa.
“Discutir diretamente com os hospitais de referência essa aquisição de leitos privados é agilizar o fluxo de atendimento ao paciente, priorizando a recuperação da saúde de forma digna, humanizada e com a urgência que a situação demanda”, explicou a coordenadora estadual de regulação, Maria Cristina.
Central
São 13 centrais reguladoras no Estado trabalhando com o sistema SUS Fácil. Na prática funciona da seguinte maneira: um paciente chega ao hospital com a urgência de ser atendido. Depois de atendido, o médico avalia a situação e se há necessidade de alguma especialidade para o caso. Se o hospital não dispõe desse serviço, o médico regulador emite uma busca às centrais de regulação no Estado, que inicialmente procuram por leito SUS em toda a Rede.
“Inicialmente prioriza a busca em hospitais da macrorregião onde o paciente está internado, possibilitando assim um maior acesso de familiares, para depois direcionar a busca por todo o Estado. Caso não exista a demanda pela especialidade em leitos SUS, iniciam os procedimentos pela aquisição de leitos e serviços no sistema privado”, orienta a superintendente de programação assistencial, Vânia de Freitas Drumond. “Hoje há um novo fluxo e uma nova proposta para que os hospitais recebam as ordens financeiras com mais rapidez”, acrescenta.
Parcerias
O superintendente regional de saúde de Coronel Fabriciano, Anchieta Poggiali, pontua como fundamental a definição dos fluxos de referência dos serviços de saúde para atender à necessidade de cada paciente. “O Estado, por meio do SUS Fácil, regula os leitos de forma a priorizar os atendimentos mais urgentes, de maneira pontual e de acordo com a capacidade de cada hospital”, salientou.
O diretor executivo da FSFX, Luís Márcio Araújo Ramos, reforçou o compromisso do Hospital Márcio Cunha em dar suporte ao Estado na busca por leitos SUS e quando houver a necessidades por leitos de convênios. “Somos parceiros do Estado e é fundamental fazer o possível para um melhor fluxo do atendimento”, salientou.
Casos
A especialidade mais em falta não só no Estado, mas em todo o Brasil, são os traumas ortopédicos, fruto dos cada vez mais comuns acidentes envolvendo motocicletas. “Ocupam 70% dos leitos hospitalares do SUS, o que acaba por inchar toda a prestação de serviço em outras especialidades”, explica Vânia de Freitas. Há ainda necessidade de remanejamento de leitos para neurocirurgia, casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), infartos e cirurgias cardíacas de alta complexidade, além de outros casos. “O Estado trabalha para atender às demandas em todas as regiões e atua de forma precisa para solucionar os casos de acordo com as necessidades”, sintetiza.
Autor: Roberto Bertozi
