Melhorias têm impacto direto na assistência aos usuários do SUS em Minas
No final de maio deste ano, quando chegou ao Hospital Alberto Cavalcanti (HAC), no bairro Padre Eustáquio, para fazer a primeira mamografia da sua vida e investigar uma alteração suspeita em sua mama, a manicure Luciana do Rosário Lajes, 39 anos, não tinha ideia de que seria uma das primeiras pacientes a utilizar o moderno mamógrafo do Serviço de Imagem da unidade, recém-adquirido com recursos do Governo de Minas destinados à Fhemig.
“Você ouve falar que a mamografia dói e incomoda. As ‘meninas’ (do Serviço de Imagem) me explicaram que era um aparelho novo, sofisticado e que eu não precisava me preocupar. Elas me acompanharam e não senti dor. Me trataram com muito cuidado, passando confiança até eu esperar o resultado, que foi negativo”, conta Luciana.
Infraestrutura
A 13 km dali, no Pronto Atendimento do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), no bairro Milionários – região do Barreiro, o sapateiro aposentado Sabino Tiago de Souza, 101 anos, foi atendido, no início de agosto, em razão de sintomas relacionados a problemas cardíacos e pulmonares, agravados pelo tempo frio e pela idade.
Caso necessitasse de exames de imagem ou de internação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), Sabino teria à sua disposição um Serviço de Radiologia que foi totalmente revitalizado no ano passado, como também um moderno aparelho de raios-X, além de outros equipamentos de ponta, como camas elétricas que pesam o paciente e um aparelho de eletroestimulação neuromuscular que faz reabilitação precoce, mesmo com o paciente sedado.
“Quando preciso, venho aqui. Melhorou muito o modo do tratamento. Gosto muito daqui, eles recebem a gente com muita boa vontade”, garante Sabino.
“O hospital está tendo uma grande melhoria, a infraestrutura está muito boa. Houve um aumento de leitos, médicos mais experientes, enfermeiros mais cuidadosos. Se formos olhar a infraestrutura do hospital hoje, ela teve várias modificações e cada vez mais melhorias”, reforça Camila Furtado Hall Nielsen dos Santos, cuidadora que acompanha Sabino há dois anos.
Investimentos contínuos
Luciana e Sabino têm em comum – além de terem nascido em cidades do Vale do Jequitinhonha e se mudarem para Belo Horizonte em busca de novas oportunidades – o fato de se beneficiarem com o aprimoramento dos serviços prestados pelos 16 hospitais da Fhemig – em BH e no interior do estado, devido às obras e às compras de equipamentos realizadas nos últimos anos, principalmente a partir de 2023 – valores que ultrapassam os R$170 milhões, que reforçaram e ampliaram os investimentos recordes feitos, de forma contínua, desde 2019.
O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, sublinha a importância dos recursos destinados à Fhemig.
“É histórico o montante de investimentos que o Governo de Minas tem repassado à Fhemig, um recorde nos últimos anos. Os recursos são refletidos em melhorias significativas para o nosso usuário, que encontra mais segurança e conforto no seu atendimento, na sua internação em nossas unidades, e também para os servidores, que terão condições melhores para trabalhar. Esse é o nosso compromisso: uma saúde cada vez melhor e mais acessível para a população”.
De acordo com o diretor técnico do HAC, Henrique Timo, a aquisição de equipamentos como o novo mamógrafo representa uma melhor qualidade – com diagnósticos mais precisos, e um aumento substancial da quantidade dos exames – que foram triplicados.
“O mamógrafo é parte de uma série de grandes investimentos que o Governo de Minas está fazendo no Hospital Alberto Cavalcanti, que é um hospital oncológico de referência no estado. Passamos por um aumento no número de cirurgias, consultas e internações, o que permite uma maior oferta de diagnósticos e de tratamentos, como também de mais qualidade de vida para os pacientes”, avalia Henrique.
Independência e funcionalidade
A coordenadora da equipe multidisciplinar do HJK, Viviane Bessa, destaca que os investimentos realizados nos últimos anos também beneficiam os profissionais da saúde, por promoverem a melhoria dos processos de trabalho, com mais eficiência e efetividade nos resultados.
O Recare – aparelho de eletroestimulação neuromuscular, presente nos melhores hospitais do mundo e comprado em maio deste ano para o HJK, é exemplo disso, porque possibilita a reabilitação precoce de pacientes internados na UTI do hospital.
“Conseguimos diminuir o tempo de internação abrindo vagas para um número maior de novos pacientes. Quando o paciente entra na UTI, a primeira pergunta que nos vem é como queremos devolvê-lo aos seus familiares. Queremos devolvê-lo com independência e com funcionalidade”, assegura Viviane.
Por: Alexandra Marques / Fotografias: Francis Campelo