Governo de Minas apresenta ações da saúde direcionadas à população indígena Maxakali

São mais de R$ 5 milhões em investimentos imediatos que serão utilizados na construção de uma UBS, aquisição de veículo sanitário e custeio de equipe especializada para qualificar o atendimento a essa população

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fábio Baccheretti, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), Conselheiro Durval Ângelo, representantes das comunidades aldeadas e autoridades locais participaram, na tarde dessa quinta-feira (18/12), em Belo Horizonte, da apresentação do plano de ação para ampliar o acesso à saúde dos povos indígenas Maxakali. 

Na oportunidade, foram apresentadas as políticas públicas direcionadas a essa população, que possui determinantes sociais de saúde específicos, como a distância das aldeias até os centros urbanos, além das barreiras culturais e linguísticas. 

Fábio Baccheretti reforçou o papel do estado no fortalecimento da atenção à saúde indígena, principalmente dos Maxakali e informou que o investimento será imediato. 

“Anunciamos junto ao TCE, o investimento de mais R$5 milhões para qualificar o atendimento à saúde da população Maxacali, que precisa de atenção e ações específicas, inclusive para o controle de doenças crônicas”, pontuou. 

“Minas é o único estado da região Sul e Sudeste que tem, de fato, uma política pública vinculada à saúde indígena que está sendo qualificada e melhorada”, esclareceu Baccheretti. 

Para o presidente do TCE-MG, ações específicas para a saúde dos povos originários são primordiais para melhorar o acesso e as condições de vida dessa população. 

“O Tribunal de Contas está no papel de indutor dessas políticas, principalmente da saúde dos povos indígenas. Agradecemos a SES por esse trabalho e esperamos que esses avanços também alcancem outras etnias de Minas”, afirmou Durval Ângelo. 

Bertópolis será o primeiro município beneficiado, pois, concentra o maior número de indígenas da etnia Maxakali aldeados. O gestor da cidade, Ildásio Ferreira Rosa Carrieiros, reforçou a importância de investir no acesso à saúde.  

“É gratificante ver a união da SES-MG, do TCE-MG e do governo federal, para melhorar o acesso aos serviços de saúde em nosso município. São investimentos importantes e que vão fazer a diferença no atendimento dessas pessoas”, disse. 

Investimentos 

Os povos Maxakali enfrentam desafios relacionados à vulnerabilidade social, insegurança alimentar e altas taxas de mortalidade infantil, o que torna o acesso à saúde e à educação essenciais para sua sobrevivência.  

Serão investidos mais de R$1,4 milhão para construir uma Unidade Básica de Saúde específica para atendimento dessa população. Além de aquisição de equipamentos e materiais para as equipes de Saúde da Família dos municípios de Bertópolis, Ladainha, Santa Helena de Minas e Teófilo Otoni. 

Na Atenção Especializada, mais de R$1.6 milhão serão investidos para compra de equipamentos e custeio anual da equipe volante específica para atender a população indígena, com composição da equipe da Linha de cuidado da Criança e do Pré-Natal de risco habitual e alto risco.  

Na Atenção Hospitalar são mais R$876 mil para o custeio do Programa Estadual de Portas de Urgência e Emergência e aquisição de equipamentos para o Hospital Cura D’ars e R$914 mil para a regulação e acesso, com aquisição de veículos de transporte sanitário exclusivos para a população indígena de Bertópolis, Ladainha e Santa Helena de Minas. 

Em Minas há cerca de 15.600 indígenas de diversas etnias vivendo em 103 aldeias, distribuídas em 22 municípios. Os Maxakali são uma dessas etnias e somam cerca de 2.700 pessoas. 

“É preciso trabalhar a conscientização de todos, principalmente dos profissionais da saúde sobre a cultura, necessidades e vivências dos nossos povos”, concluiu o representante dos povos indígenas dos estados de Minas Gerais Gerais e Espírito Santo, o Xé  Patachó, Alexandre Borges. 

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