Funed colaborou com os estudos que estabeleceram os parâmetros biológicos associados à produção de própolis verde

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O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) reconheceu a região do quadrilátero ferrífero, que conta com 132 municípios de Minas Gerais, com a denominação de origem da própolis verde, dando identidade para o produto produzido no estado. A Fundação Ezequiel Dias (Funed) desenvolveu os estudos que estabeleceram os parâmetros biológicos associados à produção da substância.

A própolis é produzida pelas abelhas com a resina fornecida por algumas plantas. Estudos mostraram que a produção da própolis verde está relacionada à resina da espécie Baccharis dracunculifolia, mais conhecida como alecrim ou vassourinha do campo, invasora de culturas. Nos estudos, foi verificado que existem interações que favorecem a produção desta própolis. Os hemípteros (insetos) da espécie Baccharopelma baccharidis, completam seu ciclo de vida na planta Baccharis dracunculifolia, estimulando a planta a produzir substâncias de defesa que atraem as abelhas (resinas), gerando a própolis verde.

As pesquisas feitas na Funed determinaram as características da própolis verde mineira, aroma, sabor, coloração, aspectos físico-químicos, microbiológicos, microscópicos e indicações terapêuticas, origem botânica e os parâmetros biológicos associados à produção de própolis verde, como o procedimento de coleta, transporte e armazenamento da própolis, o meio geográfico, características ambientais, do solo e a temperatura ambiente.

De acordo com a pesquisadora e diretora de Pesquisa da Funed, Esther Margarida Bastos, o certificado de Denominação de Origem é um documento muito utilizado nas relações de comércio internacional e a sua função é atestar a origem geográfica do produto que está sendo exportado. “A Denominação de Origem da própolis verde pertence à cadeia de apicultura dos 132 municípios e será gerenciada pela Federação Mineira de Apicultura, que ficará responsável pela produção de um selo, oferecendo a rastreabilidade do produto”. A diretora destaca ainda que a certificação “aumenta também a inserção do produto no mercado brasileiro agregando valor, assegurando que é um produto genuinamente mineiro”.

Atualmente, o Japão é o maior consumidor da própolis mineira e a utiliza pelo potencial terapêutico da substância, que pode ser utilizada como antimicrobiano e usada contra fungos, bactérias e vírus.

 

Autor: Luciane Marazzi

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