ESP-MG e SES-MG promovem aula sobre a rede de cuidados em saúde mental oferecida à criança e ao adolescente

Crédito: Marcus Ferreira

Nesta terça-feira (03/10), em Belo Horizonte, a Escola de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (ESP-MG), em parceria com a Coordenação Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), realizou a quinta aula da “Ação educativa: o cuidado em saúde mental de crianças e adolescentes”. Com o tema “Reinserção psicossocial e a articulação da rede intersetorial no território”, a aula teve como objetivo trazer discussões sobre toda a rede de cuidados oferecida às crianças e adolescentes.

Durante a aula, que contou com uma mesa de debates com a presença de profissionais de diferentes municípios mineiros, foram discutidos os principais direitos da criança e do adolescente, desafios clínicos, além da importância da atuação de uma rede intersetorial de proteção e acolhimento, fortalecendo a atuação dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).

Foi abordada ainda, a necessidade da integração entre os profissionais que atuam na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), no Sistema Único de Assistência Social (SUAS), conselhos de direitos (Conselho Municipal de Saúde, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal de Assistência Social), profissionais da educação, Conselhos Tutelares e representantes das medidas socioeducativas.

De acordo com a referência técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Maria Núbia Cruz, todos os profissionais que integram a rede de cuidados, incluindo os trabalhadores da saúde mental, devem considerar que cada caso é único e, por isso, necessita de dedicação e acolhimento. “Além de seguir os protocolos, é preciso vontade política e compromisso ético para conseguirmos avançar diante das barreiras que se apresentam em cada caso”, explica.

Maria Núbia lembrou, ainda, que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar a efetivação dos direitos à vida, alimentação, educação, lazer, profissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes.

Já a psicóloga e coordenadora de saúde mental do município de Ribeirão das Neves, Márcia Maria Rodrigues Ribeiro, falou sobre a importância da intersetorialidade na rede de cuidados à criança e ao adolescente, que inclui o diálogo entre profissionais de diferentes áreas. “Precisamos estar juntos, questionando em quais territórios crianças e adolescentes transitam, numa interlocução com a Atenção Primária à Saúde e escolas. Os agentes comunitários de saúde, por exemplo, vão poder fornecer informações sobre a criança, sobre os territórios que ela frequenta, facilitando nosso trabalho”, afirma.

Ação Educativa

 A ação integra as propostas do II Encontro Mineiro de Saúde Mental de Crianças e Adolescentes, realizado em 2016 pela SES-MG. Durante o encontro, foi proposta a promoção de atividades educativas nas Regionais de Saúde do estado, incluindo a educação permanente dos profissionais que atuam junto a crianças e adolescentes. Por isso, a ação educacional promoveu, desde maio de 2017, discussões sobre os princípios históricos da representação social da infância, surgimento das políticas públicas infanto-juvenil no Brasil, além de desafios clínicos. 

 

Autor: Jéssica Gomes

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