A partir desta terça-feira (4/10), a Fundação Ezequiel Dias (Funed) disponibiliza em seu site orientação técnica e a Portaria nº 057, atualizada em 26 de agosto, que regulamenta e define os critérios para a Rede de Laboratórios do Diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina no Estado de Minas Gerais (Rede LVC/MG).
Coordenada pelo Instituto Octávio Magalhães (IOM), Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen MG), por meio do Serviço de Doenças Parasitárias (SDP), da Divisão de Epidemiologia e Controle de Doenças (DECD), a rede LVC/MG é indispensável para o controle da doença e realiza em média 20 mil exames por mês em cães de todo o estado.
Segundo a responsável pela gestão da rede LVC/MG, Maria Regina Lage Guerra, a leishmaniose visceral é uma das doenças mais negligenciadas do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O Brasil concentra 90% dos casos tanto caninos como humanos das Américas e Minas Gerais, especificamente, é o estado com maior letalidade da doença humana do país.
“A leishmaniose visceral é uma zoonose e o cão seu principal reservatório urbano: a prevalência da doença no cão é muito alta em várias cidades de Minas Gerais. Dentro desse cenário da doença, o diagnóstico laboratorial da LVC tem uma grande relevância”, complementa Maria Regina.
“A nova portaria permite a atualização de orientações técnicas e da lista de laboratórios participantes sem ter que publicar, a cada nova atualização, outra portaria. Agora, basta atualizar no sítio da Funed as orientações técnicas e a lista de laboratórios participantes”, diz.
Novos laboratórios na rede
Desde a publicação da portaria, o SDP, referência nacional do diagnóstico de leishmaniose visceral, abriu as inscrições para os laboratórios interessados em participar da rede LVC/MG.
De acordo com a chefe do SDP, Andreza Pain, a participação de um laboratório nessa rede significa um trabalho uniforme e padronizado pelos padrões de qualidade da Funed, que integra o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen MG).
“A coordenação da rede, exercida pelo SDP, é responsável por orientar, supervisionar, capacitar, garantir a qualidade e normatizar as técnicas utilizadas para a realização dos exames. Assim, os laudos dos laboratórios da rede são aceitos pela vigilância epidemiológica do SUS/MG”, explica Andreza.
Autor: Isabela Martins