Nesta quinta-feira (05/10), a ESP-MG deu o ponta pé inicial em mais um promissor e ousado projeto de redesenho de suas rotinas de trabalho, a Capacitação Pedagógica com os trabalhadores e trabalhadoras de todas as áreas da Instituição, com o objetivo de construírem coletivamente uma nova forma de concepção da Escola, viva, atuante e protagonista das novas demandas para o Sistema Estadual de Saúde de Minas Gerais.
Cerca de 20 servidores, entre efetivos, prestadores de serviços, menores aprendizes e estagiários se reuniram na Unidade Geraldo Campos Valadão, em uma sala com ambiente descontraído, lúdico e relaxante na primeira turma condutora desse processo, que tem como foco a conversa sobre os temas saúde, educação e trabalho, de acordo com suas vivências e experiências na Escola.
Para o coordenador do Núcleo de Educação Profissional em Saúde e um dos monitores desse grupo, João André Tavares, esse encontro é uma oportunidade de reflexão e diálogo sobre a atuação de cada profissional dentro da Escola, mas também um espaço de construção e humanização das relações. “Precisamos lembrar que saúde vai além de assistência, é também educação e troca de conhecimento. Esse espaço tem esse objetivo, sem planejamento ou roteiro, são conversas e trocas de experiências para fortalecer a atuação de cada profissional”, disse.
Ver e ouvir o outro
O encontro foi iniciado com cada trabalhador se apresentando, fazendo um breve relato de como chegou na Escola e apresentando um objeto que mostrasse sua história com a Instituição, com a saúde e a educação.
As surpresas e simbologia de cada história foram recheadas de emoção, dúvidas e até mesmo desconhecimento de cada área e de cada profissional, mas ao mesmo tempo proporcionou o reconhecimento do outro e da importância da atuação de cada trabalhador, por mais técnico e específico que sejam, para que ESP-MG cumpra sua missão, que é formar e capacitar os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais.
O assessor de comunicação social da ESP-MG, Harrison Miranda, destacou que tinha uma visão de que a Capacitação Pedagógica era uma reunião rotineira da Escola, mas se surpreendeu com os bons e ricos momentos desse encontro. “Ouvir os colegas, seus anseios, visões e apostas em uma nova Escola é muito bom. Hoje aqui, tive a oportunidade de ouvir a fala de servidores que estão há quase quatro décadas na Escola e outros com apenas meses de trabalho. Todos colocando suas ideias sobre o que seria uma Escola ideal e o que podemos fazer para alcançar isso”, comemorou.
Educação Permanente em Saúde
Esse momento de pausa no trabalho rotineiro e espaço de conversa fazem parte das ferramentas da Educação Permanente em Saúde e pretende ser um estímulo para os servidores buscarem mais diálogo entre as áreas e mais resolutividade nos projetos da Escola.
Além disso, é uma oportunidade de conhecer melhor quem faz a Escola, quem são os condutores por trás de todos os processos e rotinas de trabalho, que com a correria diária e a automatização da vida acabam se perdendo
Do setor de transportes até a Secretaria de Ensino os anseios são de que as construções coletivas que são feitas diariamente pelas áreas, transformem a Escola e que o legado seja construído por todos esses trabalhadores, resultando em uma ESP-MG atuante em prol de um bem maior, o fortalecimento do SUS.
Projeto piloto
Esse grupo, que terá cinco encontros semanais, é o primeiro a partir de um projeto piloto iniciado em junho desse ano. Em 2015 serão duas turmas capacitadas e em 2016 mais cinco, englobando todos os trabalhadores da Escola.
A ideia é que essa prática seja constante, gere reflexões e melhorias nas práticas de trabalho que irão contribuir para o desenvolvimento institucional da Escola e para o ousado protagonismo de ser a condutora da Educação Permanente em Saúde em Minas Gerais.
Autor: Sílvia Amâncio