Este domingo, 01/12, dia mundial de combate à AIDS, teve uma tarde ensolarada em Belo Horizonte, que foi embalada por música e muita alegria, que ficaram por conta do Bloco “Baianas Ozadas” e também não faltaram informação e distribuição de preservativos, a cargo da equipe de mobilizadores da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES). O objetivo desta ação foi ampliar a conscientização sobre a doença e chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e para as formas de prevenção da doença.
De acordo com a Coordenadora de DSTs/AIDS da SES, Fernanda Junqueira, a cada ano são notificados cerca de 2 mil novos casos. “Nosso esforço é trabalhar em duas frentes, a primeira que é o uso do preservativo em todas as relações, que é a melhor maneira de se evitar o contágio. Já a segunda é a realização do teste da AIDS. Se o diagnóstico for tardio será mais difícil lidar com a doença”, explica.
Na praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, onde aconteceu a mobilização, promotores vestidos com aventais feitos com preservativos circularam pelo evento distribuindo folhetos informativos, camisinhas e laços vermelhos que simbolizam a luta e o combate à pandemia. O gesto também buscou prestar uma homenagem às pessoas que já morreram vítimas da doença e às que vivem com o HIV.
Parceiro da ação, o alfaiate Marcelo Blade foi o responsável pela produção dos aventais confeccionados com preservativos. De acordo com Blade, “a AIDS é uma realidade, então é fundamental que as pessoas se previnam. Meu trabalho pretende ajudar na conscientização das pessoas. Façam sexo, mas façam com proteção”, completou.
Fernanda de Souza Braga soube da ação por meio das redes sociais e para ela, “esta é uma estratégia muito inteligente, porque atinge ao público de blocos, que são, em sua maioria, composto por jovens, que normalmente é o público mais suscetível ao contágio da doença”. Já Ednilse de Andrade Neves, ressaltou que “é sempre muito válido relembrar sobre o cuidado que temos que ter em relação à AIDS. Se parar de falar, as pessoas acabam se esquecendo”, acredita.
Cenário da doença em Minas
Do início da epidemia, em 1983, até outubro de 2013, foram notificados no Estado quase 36 mil casos de AIDS, que estão distribuídos em 728 municípios. Destes, 18.424 casos foram diagnosticados em heterossexuais (51,22%), 5.740 casos em homossexuais (15,96%) e 2.890 casos em bissexuais (8,03%). A taxa de incidência da doença acompanha a tendência nacional de 13 casos novos a cada 100 mil habitantes. Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia estão entre as 15 cidades com mais casos da doença.
A AIDS não apresenta sintomas e o acompanhamento médico desde o início é imprescindível para se garantir qualidade de vida. O diagnóstico precoce é fundamental para interromper a cadeia de transmissão do vírus e também para que o tratamento seja realizado da maneira mais adequada.
Autor: Vivian Campos