A Sociedade Mineira de Pediatria, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, promoveu, nos dias 3 e 4 de junho, uma capacitação em Reanimação Neonatal, sediada no município de Governador Valadares.
A atividade teve como foco a qualificação da assistência ao recém-nascido, reunindo enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas que atuam na Rede de Atenção ao Parto e Nascimento (RAPN). Também participaram referências técnicas da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares.
A capacitação reuniu profissionais de saúde vinculados a três Unidades Regionais de Saúde – Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Diamantina – além de representantes do Distrito Sanitário Especial Indígena de Minas Gerais e Espírito Santo (DSEI/MG-ES).
O principal tema abordado foi o enfrentamento da mortalidade infantil, com ênfase no componente neonatal precoce, que engloba os óbitos de recém-nascidos até o sexto dia de vida. A ação faz parte das estratégias para qualificar a assistência e reduzir desigualdades no cuidado à saúde de populações vulneráveis.
A médica pediatra Marcela Damasio Ribeiro reforçou a relevância da iniciativa. “Muitas mortes podem ser evitadas com a melhoria das condições de assistência para todos os bebês que nascem, especialmente aqueles em contextos mais vulneráveis, como a população indígena”, afirmou. Ela destacou ainda que “a capacitação dos profissionais que atuam no momento do nascimento é essencial para garantir um parto e nascimento seguros”.
Para a enfermeira Bruna Temponi, coordenadora do Hospital Santa Maria Eterna, em Santa Maria do Suaçuí, a experiência foi enriquecedora. “Pude aprender conteúdos novos e esclarecer dúvidas com profissionais altamente qualificados. Iniciativas como essa são fundamentais para aprimorar nosso trabalho no dia a dia”, destacou.
O superintendente regional de saúde de Governador Valadares, Rômulo Gusmão, ressaltou a importância da ação para o enfrentamento dos desafios sanitários da Macrorregião Leste. “A mortalidade materna e infantil ainda representa um grande desafio em nosso território. Contar com parceiros como a Sociedade Mineira de Pediatria e com instituições comprometidas com seu papel social, como a Igreja de Jesus Cristo, é motivo de confiança e renovação de esforços frente a um problema complexo”, pontuou.
Rômulo complementou que iniciativas como essa fortalecem a rede e ampliam o alcance das políticas públicas. “A assistência se qualifica e se abrem novos horizontes para um cenário mais promissor no cuidado às mães e às crianças, que merecem toda nossa atenção”, concluiu.
Por Geovana Ferreira – estagiária sob supervisão
Foto: Geovana Ferreira