Cachoeira da Prata e Papagaios são mobilizados por equipes da SES

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Com o intuito de planejar e desenvolver ações que visam eliminar os focos do vetor da dengue no estado, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), enviou equipes de mobilização social aos municípios de Cachoeira da Prata e Papagaios, de 30 de julho a 04 de agosto.

 

Nas duas localidades, durante esse período, foram realizadas reuniões estratégicas e de articulação com lideranças do primeiro, segundo e terceiro setores. A intenção é abranger todos os segmentos da sociedade e assim conscientizar o maior número possível de pessoas sobre a corresponsabilidade de agir, permanentemente, em prol da prevenção da dengue.

Em todas as reuniões de articulação e no encontro para capacitação de multiplicadores sociais, foram apresentados e distribuídos aos parceiros, os instrumentos de divulgação para o enfrentamento da dengue. Além disso, a equipe de mobilização social da SES explicou como usar cada peça, disponível gráfica e virtualmente no site e a qual faixa etária se aplica o uso.

Além da eliminação dos focos de dengue pelos agentes de endemias, que compõem a Força Tarefa da SES e permanecerão nos dois municípios até o dia 09/08, também foram oferecidas as ações do Dengue Móvel – caminhão que realiza a troca de inservíveis por material escolar – do Dengômetro, espaço de convivência e de acesso às informações sobre a dengue e, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, o evento Minha Cidade sem Dengue, que promoveu diversas atividades recreativas, com a participação de vários grupos culturais de dança, teatro, banda, fanfarra e outros.

Prevenção em Cachoeira da Prata

Situada na região central de Minas, a cidade com cerca de quatro mil habitantes tem, de acordo com o coordenador dos agentes de saúde, Anísio José Silva, 203 casos de dengue notificados em 2013, sendo que 63 já foram confirmados.

O prefeito, Múrcio José Silva, alega que recebeu o município muito sujo, principalmente pela suspenção do serviço de capina. Preocupado com as consequências, a primeira providência que tomou foi limpar a cidade, inclusive a área rural como os distritos de Tapera da Cláudia e Capão Queimado. “Mesmo assim, os números da dengue nos assustaram”. Apostando na contenção da doença e se dizendo animado com a movimentação na cidade, o prefeito agradeceu à SES pela aproximação com o povo de Cachoeira e disse que conta com a união de todos no combate à dengue. “Espero a compreensão e ajuda da população e dos parceiros porque isso é fundamental”, declarou.
Além do Sindicato das Indústrias, Fiação, Tecelagem, Acabamento e Confecção de Cachoeira da Prata (Sindifitac), que conta com mais de 600 associados, outra parceria muito atuante na cidade com que o Poder Público local pode contar para compartilhar as responsabilidades no processo de mobilização para o controle efetivo da dengue é o Rotary Club de Cachoeira da Prata.

De acordo com a presidente do Rotary, Arlete Costa de Almeida, 76 anos, a instituição trabalha com três subgrupos de voluntários, designados por faixa etária que abrange crianças desde os quatro anos até adultos com 30. “Com os três grupos, desenvolvemos atividades de mobilização pertinentes às idades, sempre que temos um problema coletivo como a dengue”, disse Arlete Almeida, que, por quatro anos, foi presidente do Conselho Municipal de Saúde do município. “Não vamos resolver um problema. Vamos chamar a comunidade e organizá-la para solucionar”, acrescentou.

Atividades em Papagaios

Da mesma forma que Cachoeira da Prata, a cidade de Papagaios recebeu muitas ações de mobilização social por parte da equipe da SES. Na reunião intersetorial realizada na última quinta-feira, 01/08, na Câmara Municipal, compareceram representantes de diversos segmentos dos três setores. Várias questões que exercem influência direta ou indireta sobre o controle da dengue foram abordadas e debatidas pelos presentes.

A secretária municipal de Educação e Cultura, Laile Ribeiro de Abreu, acredita que todos os problemas passam pela questão da educação. Dessa forma, ela entende que as escolas são os melhores parceiros. “O que podemos fazer é educar as crianças”, disse.
Claudio Wagner de Almeida, 37 anos, vereador e educador em história, filosofia e sociologia na Escola Estadual Renato Filgueiras, concorda com a secretária. “A falta de cultura e educação faz com que muitas pessoas não queiram ser conscientizadas, não permitem a entrada em casa dos agentes de saúde”.

Atividades recreativas de rua foram praticadas na Praça da Matriz de São Sebastião onde foram instalados os estandes do Dengômetro e da “Minha Cidade Sem Dengue”. No sábado, para motivar os moradores a levarem os descartáveis acumulados em casa e trocar por material escolar, houve teatro na praça, cama elástica, pipoca, algodão doce e outras brincadeiras.

No domingo, muita gente aderiu ao passeio ciclístico organizado pela equipe de mobilização social da SES. A Secretaria Municipal de Saúde organizou um concurso entre os ciclistas, premiando com uma bicicleta nova, doada por um comerciante local, para quem melhor adornasse a sua bicicleta com o tema dengue. Com muita criatividade, a representante comercial de 31 anos, que já teve casos da doença na família, Marcelia Camargos, foi a vencedora. “O povo tem que se corrigir porque é ele que suja o ambiente e alimenta o mosquito”, finalizou.

Autor: Ana Rita Fernandes

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