SES-MG reforça que todas as unidades do SUS oferecem atendimento sigiloso, escuta qualificada e encaminhamento a serviços especializados para vítimas de violência
Durante o Agosto Lilás, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância da rede pública de saúde no enfrentamento à violência de gênero e na proteção às mulheres.
A violência contra a mulher pode ser física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial. Todas afetam diretamente a saúde e comprometem a qualidade de vida. Por isso, garantir atenção e escuta qualificadas desde o primeiro contato nos serviços de saúde é essencial.
“Por diretriz do vice-governador e do governador, a secretaria está empenhada no combate à violência contra as mulheres. Nós somos parte importante dessa rede de proteção”, afirma a secretária de Estado Adjunta da SES, Poliana Lopes.

Os atendimentos às mulheres em situação de violência são obrigatórios em todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O sigilo é garantido, e a vítima não precisa registrar boletim de ocorrência para ter acesso ao cuidado.
Segundo a referência técnica da SES-MG, Laura Mol, o Agosto Lilás é um momento estratégico de mobilização.
“O mês de agosto marca a conscientização e o enfrentamento da violência contra as mulheres, incentivando a denúncia, informando sobre direitos, promovendo empoderamento e ajudando a romper o ciclo da violência”

Assistência, acolhimento e proteção
O cuidado começa nas Unidades Básicas de Saúde, com escuta e acolhimento, além de orientações e, quando necessário, encaminhamento para serviços especializados.
As equipes de Atenção Primária oferecem acesso a exames, medicamentos básicos, atendimento multiprofissional e informações sobre saúde sexual e reprodutiva. Também disponibilizam apoio psicológico e orientações sobre direitos.
Nos casos de violência sexual, a recomendação é procurar imediatamente um Pronto Atendimento de hospital de referência. Se não houver condições de deslocamento, a vítima deve buscar a unidade de saúde mais próxima para encaminhamento.
“Muitas vezes, as unidades básicas de saúde são as primeiras a identificar as vítimas e já oferecem o primeiro suporte”, reforça Poliana Lopes.
Para estruturar a resposta em todo o estado, a SES definiu uma rede com 108 instituições de referência, que funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana.
Nesses hospitais, as mulheres têm acesso a:
· escuta protegida;
· exame físico detalhado;
· tratamento imediato de lesões;
· atendimento psicológico;
· testes e medicamentos para prevenção de IST, como HIV e hepatites;
· pílula do dia seguinte para prevenção de gravidez;
· coleta de materiais para investigação e responsabilização do agressor.
O que é violência sexual
A violência sexual é toda ação em que alguém, em situação de poder, obriga outra pessoa a práticas sexuais contra a sua vontade, por meio de força física, pressão psicológica ou uso de drogas.
Além do estupro, também configuram violência sexual:
· carícias e contatos físicos não consentidos;
· sexo forçado no casamento;
· assédio;
· relações entre adultos e crianças.
Essas práticas podem ser cometidas por desconhecidos, pessoas próximas ou familiares.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três mulheres no mundo sofre violência física ou sexual. Muitas dessas situações permanecem invisíveis, mas podem ser interrompidas com informação, acolhimento e rede de apoio.
A lista completa das unidades de atendimento médico de urgência às pessoas vítimas de violência sexual está disponível em: https://www.mg.gov.br/servico/solicitar-atendimento-medico-de-urgencia-mulheres-vitimas-de-violencia-sexual.
Mais informações: https://www.saude.mg.gov.br/violenciasexual.