A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Pedra Azul, por meio da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde (CRAS), realizou no dia 25/9, a 15ª reunião do Colegiado Gestor Regional de Saúde Mental. O evento teve como principal objetivo discutir a atenção à saúde do trabalhador da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
A referência técnica de saúde mental, álcool e outras drogas da GRS Pedra Azul, Adriana Patrícia Silva Soares Mendes, destacou a importância do Colegiado como um espaço de compartilhamento de experiências e construção de estratégias regionais para a saúde mental. “Estamos promovendo um ambiente de cuidado com a saúde mental, não apenas para os usuários da RAPS, mas também para os profissionais que fazem parte dessa rede e que, muitas vezes, necessitam de apoio para manter sua saúde mental em equilíbrio”, afirmou.
Desde 2019, a GRS Pedra Azul vem promovendo reuniões periódicas do Colegiado, que se consolidaram como um espaço de partilha, construção coletiva e fortalecimento da RAPS. “Hoje, ao resgatar essa história, celebramos a força dos profissionais que acreditaram no potencial do coletivo. O tema desta reunião ‘Saúde Mental do Trabalhador da Rede de Atenção Psicossocial – Setembro Amarelo’, não é apenas um lema, mas a essência do nosso trabalho”, disse Adriana.
Programação do Evento
A programação do Colegiado foi marcada por momentos de reflexão e interação, como uma homenagem ao filme DivertidaMENTE, que abordou os diversos sentimentos e as situações em que o cuidado com a saúde mental se torna essencial. O evento iniciou com o acolhimento e meditação no momento “TranquilaMENTE”, conduzido pela consultora Luiza Tanure. Em seguida, no momento “EspecialMENTE”, houve um resgate da história do Colegiado, com a troca de experiências e depoimentos das ex-coordenadoras Veruska Barreto e Daniela Mendes, além de Adriana Mendes, que atualmente conduz as reuniões do Colegiado.
O supervisor Clínico-Institucional da RAPS de Pedra Azul, Glaubert Gomes de Souza, abordou o tema “ConscienteMENTE: quando falta o ar”, focando nas dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde mental. Ele também iniciou uma roda de conversa no momento “ClaraMENTE”, destacando a importância de espaços como o Colegiado para acolher e ouvir os trabalhadores da RAPS. “Temos identificado no território um esgotamento dos profissionais da RAPS. Por isso, é fundamental criar espaços como este para ouvir, acolher e direcionar as necessidades do território. Sabemos que o esgotamento tem uma origem complexa, nem sempre clara, mas é importante que possamos trabalhar juntos para resgatar memórias e dinâmicas que possam aliviar esses processos, como, por exemplo, a superação dos efeitos da pandemia”, explicou Glaubert.
Reflexão sobre o Autocuidado
A consultora Luiza Tanure enfatizou a relevância de valorizar o trabalhador da saúde mental e cuidar de sua saúde emocional. “Estamos promovendo a reflexão sobre o autocuidado e o autoconhecimento, pois acreditamos que, ao cuidar de si mesmos, os profissionais estarão mais preparados para cuidar de seus pacientes. Embora estejam frequentemente sob grande pressão, é essencial que os profissionais entendam que a decisão de cuidar de si é um ato individual e transformador. Através do Colegiado, estamos incentivando essa reflexão, para que essa transformação se espalhe por todas as áreas em que atuam”, afirmou Tanure.
Público Participante
O evento contou com a presença de coordenadores municipais de saúde mental, representantes dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), além de referências técnicas de saúde mental e de unidades hospitalares de saúde mental. Também participaram representantes do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), Secretários Municipais de Saúde e Coordenadores de Atenção Primária.
Por Allan Gomes Campos
Foto: Allan Gomes Campos