Alimentação é mais que ingestão de nutrientes!
Esse é um dos princípios do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde para orientar a população sobre como se alimentar de forma mais saudável e adequada. Alimentação diz respeito à ingestão de nutrientes, mas também aos alimentos que contêm e fornecem os nutrientes, a como alimentos são combinados entre si e preparados, a características do modo de comer e às dimensões culturais e sociais das práticas alimentares. Todos esses aspectos influenciam a saúde e o bem-estar.
Além do Guia alimentar para adultos, orientações sobre a alimentação de crianças menores de 2 anos são encontradas no Guia Alimentar para Crianças brasileiras menores de 2 anos. A SES-MG publicou uma Cartilha com Informações e orientações sobre a alimentação de crianças menores de 2 anos de idade para ser utilizada nos atendimentos na atenção primária à saúde às gestantes e famílias com crianças menores de 2 anos.
É importante saber!
Os Guias Alimentares são documentos que contém informações à população para apoiar escolhas alimentares mais saudáveis, em uma linguagem acessível a todas as pessoas e que leve em consideração a cultura local.
Você sabia?
O Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em 2014, foi considerado o melhor do mundo na área de educação alimentar pelo Vox, principal jornal eletrônico dos Estados Unidos. Além disso, especialistas reconhecidos na área de nutrição e alimentação consideram o Guia revolucionário e um documento de referência para outros países.
Clique em cada ícone e saiba mais:
A- CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS
Esse Guia classifica os alimentos conforme seu grau de processamento:
Alimentos in natura:
São obtidos diretamente de plantas ou animais sem que tenham sofrido qualquer alteração.
Ex: frutas, legumes, hortaliças, castanhas, carnes, leite, ovos.
Alimentos minimamente processados:
São alimentos in natura que passam por alguns processos (como remoção de
partes não comestíveis ou indesejáveis, fermentação, pasteurização ou congelamento)
para chegarem com qualidade ao consumidor. As alterações são mínimas. Esses alimentos não recebem sal, açúcar, óleos, gorduras, nem outros ingredientes.
Ex: arroz, feijão, farinhas, frutas secas, suco de frutas pasteurizado sem açúcar, leite pasteurizado, suco de água potável, café, etc.
Ingredientes culinários
São extraídos de alimentos in natura ou de outras fontes da natureza, e são usados
para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias.
Ex: sal, açúcar, óleos e gorduras
Alimentos processados
São alimentos in natura ou minimamente processados que recebem sal, açúcar, vinagre
ou óleo para, principalmente, durar mais tempo.
Ex: vegetais em conserva (preservados em salmoura ou solução de sal e vinagre), frutas em calda, carne seca, sardinha e atum enlatados, queijos, pães feitos farinha de trigo, leveduras, água e sal.
Alimentos ultraprocessados
São formulações industriais à base de ingredientes extraídos ou derivados de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido modificado) ou, ainda, sintetizados em laboratório (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, etc.). Os rótulos podem conter listas enormes de ingredientes. A maioria deles tem a função de estender a duração do alimento, ou, ainda, dotá-lo de cor, sabor, aroma e textura para torná-lo atraente.
Ex: Achocolatados, macarrão e temperos ‘instantâneos’, produtos congelados, salgadinhos de pacote, biscoitos recheados, guloseimas em geral, barra de cereal, refrescos e refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento (massas, pizzas, hambúrgueres), salsichas e outros embutidos, pães de forma, etc.
REGRA DE OURO:
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias a alimentos ultraprocessados
Como reconhecer os alimentos ultraprocessados?
Ao ler a lista de ingredientes presente no rótulo dos alimentos, se o alimentou possui número elevado de ingredientes (cinco ou mais), e ingredientes com nomes pouco familiares (gordura vegetal hidrogenada, xarope de frutose, espessante, aromatizante, corante) e não usados em preparações culinárias, é um alimento ultraprocessado!
Você sabia?
Os alimentos ultraprocessados:
B- ORIENTAÇÕES SOBRE O ATO DE COMER
Procure fazer suas refeições diárias em horários semelhantes. Evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade, sem distrações como celular, tablet e televisão.
Procure comer sempre em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimentos.
As características do ambiente (cheiros, sons, iluminação, conforto, condições de limpeza e outros) onde comemos influenciam a quantidade de alimentos que ingerimos e o prazer que podemos desfrutar da alimentação.
Sempre que possível, prefira comer em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola. Refeições feitas em companhia evitam que se coma rapidamente. Procure compartilhar também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo das refeições.
Fique sabendo!
Os benefícios são vários, incluindo melhor digestão dos alimentos, controle mais eficiente do quanto comemos, maiores oportunidades de convivência com nossos familiares e amigos, maior interação social e, de modo geral, mais prazer com a alimentação.
C- DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Em grande variedade, alimentos in natura ou minimamente processados são a base ideal para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável.