Com o objetivo de discutir e fortalecer os processos de trabalho na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da macrorregião de Saúde Oeste que envolva os pontos da atenção da Atenção Primária passando pelo atendimento móvel, até a rede hospitalar, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, juntamente com Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgência e Emergência (CIS-URG-Oeste), realizaram no dia 7 de dezembro, no auditório da Universidade Federal de São João Del Rei-Campus Dona Lindu, o 1º Simpósio da Rede de Atenção Psicossocial da Macrorregião Oeste.
Na ocasião, foram abordados o cenário atual da RAPS na macrorregião de Saúde Oeste e perspectivas futuras, abordagem e Manejo da Crise no ambiente extra-hospitalar, Urgências Psiquiátricas, Protocolo Medicamentoso, Matriciamento, Cuidado Compartilhado e Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral.
A enfermeira do CIS-URG-Oeste, Liliane Pena, ressaltou que ao atender um paciente em crise é fundamental garantir a segurança do paciente, bem como da equipe socorrista, formando um vínculo com o paciente para ajudar a tranquilizá-lo. “Ninguém trabalha sozinho. Precisamos trabalhar em equipe para melhor atender o paciente”, disse a enfermeira.
A referência técnica da RAPS da SRS Divinópolis, Cecília Godoi Campos, apresentou a situação da Rede de Atenção Psicossocial, seus fluxos e diretrizes. Segundo a referência, há uma necessidade de qualificar e fortalecer os dispositivos e seus profissionais, como também fomentar mais espaços de educação permanente nesta temática não somente no âmbito regional, mas também nos municípios. “É importante salientar que os usuários devem ser acompanhados por todos os pontos e profissionais desta rede, inclusive pela Atenção Primária, a ordenadora da rede de cuidado. A adesão e envolvimento dos profissionais que compõem a RAPS da região e a integração dos diversos pontos da rede é essencial para a melhoria dos processos de trabalho e fortalecimento do cuidado integral dos indivíduos”, destacou a referência.
RAPS na macrorregião de Saúde Oeste
Hoje, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) da macrorregião de Saúde Oeste é composta por 329 equipes de saúde da família, 13 CAPS I, seis CAPS II, um CAPS III, cinco CAPS ad II, dois CAPS ad III, três CAPS Infanto Juvenil, dois Centros de Convivência e Cultura (CCC), uma Unidade de Acolhimento Adulto (UAA), três Serviços de Residência Terapêutica e 41 leitos de Saúde Mental em Hospital Geral.
CAPS são Centros de Atenção Psicossocial. Eles são divididos em categorias de acordo com o porte populacional e público a ser atendido, sendo utilizado para atender a todas as faixas etárias de pessoas que possuem transtornos mentais graves e persistentes, assim como pelo uso de substâncias psicoativas. As diretrizes são seguidas de acordo com o Ministério da Saúde.
CAPS I – Instalado em cidades ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes.
CAPS II – Instalado em cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
CAPS III – Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação. Esta modalidade é alocada em cidades ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
CAPS ad II – É um serviço de atenção psicossocial para atendimento de pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas, com capacidade operacional para atendimento em municípios com população superior a 70.000.
CAPS ad III – Tem capacidade de atender de 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação em funcionamento 24 horas por dia, atendendo pacientes de todas as faixas etárias que apresentam transtornos pelo uso de álcool e outras drogas. É localizado em cidades ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
CAPS Infanto Juvenil – Voltado para crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas. É instalado em cidades ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
Autor: Willian Pacheco