Regional de Itabira realiza reunião técnica sobre aumento de casos de covid-19 na região do Médio Piracicaba

Reunião técnica sobre aumento de casos de covid-19 - Foto: Flávio A. R. Samuel

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, realizou na quarta-feira, 23 de novembro, uma reunião técnica sobre aumento de casos de covid-19 e suas variantes de preocupação. A reunião, realizada por videoconferência, teve como público-alvo os técnicos municipais da vigilância em saúde, vigilância epidemiológica e atenção primária dos 24 municípios que compõem as microrregiões de Saúde de João Monlevade, Itabira e Guanhães.

De acordo com Marcelo Barbosa Motta, coordenador de vigilância epidemiológica da GRS Itabira, o objetivo da reunião, além de um alinhamento técnico regional sobre a covid-19, foi continuar dando ênfase às ações de vigilância, principalmente em decorrência do aparecimento de novas variantes e sublinhagens da variante omicron em todo o país. “É preciso aumentar as coberturas vacinais, mobilizar os nossos municípios para que essas coberturas se mantenham altas e, assim, proteger a população. A forma mais adequada para proteger a população é a vacina”, disse o coordenador. “Hoje estamos sensibilizando os municípios para que estimulem a sua população a completar o esquema vacinal. Na reunião também apresentamos a atualização do cenário da covid-19 e variantes virais da região do Médio Piracicaba, e as orientações de isolamento e quarentena de casos e contatos, e esclarecimento sobre a doação do medicamento Baricitinibe 4mg”, completou Marcelo.

A referência técnica de vigilância epidemiológica e autoridade sanitária, Aline Fernandes, apresentou o tema “Orientações de isolamento e quarentena de casos e contatos”, e esclareceu aos municípios que para casos de covid-19 em indivíduos com quadro de síndrome gripal (SG) leve a moderado deve-se realizar o isolamento pelo período de 5 dias; após o 5º dia do início dos sinais e sintomas realizar teste rápido de Antígeno (TR-Ag) ou RT-PCR / RT-LAMP. “A partir da realização do teste, se o resultado for não reagente/não detectável, o isolamento poderá ser suspenso; caso seja reagente/detectável, deve-se manter o isolamento pelo período de 10 dias da data de início dos sinais e sintomas”, explicou Aline. “A suspensão poderá ocorrer desde que permaneça afebril sem o uso de medicamentos antitérmicos há pelo menos 24 horas e apresente melhora dos sinais e sintomas respiratórios. Nesse caso, deve-se manter as medidas adicionais de prevenção até o 10º dia completo do início dos sintomas”, completou.

 

Medicamento

Ainda durante a reunião técnica, a referência técnica em Assistência Farmacêutica, Juliana Lage Reis, da GRS Itabira, que também participou da reunião técnica, esclareceu aos municípios sobre doação do medicamento Baricitinibe 4mg. “Este é o primeiro medicamento para o tratamento da covid-19 incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e já tem registro no Brasil, com indicação para artrite reumatoide ativa moderada a grave, e dermatite atópica moderada a grave. A liberação ocorreu pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde”, informou Juliana.

De acordo com a OMS, o Baricitinibe pode ser utilizado em pacientes com quadros graves ou críticos em associação com outros recursos, como os corticoides. A partir do controle da inflamação, é possível reverter o agravamento da doença e reduzir a necessidade de ventilação artificial. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação do Baricitinibe no Brasil para o tratamento de pacientes internados com covid-19 no dia 17 de setembro de 2021.

A coordenação de vigilância epidemiológica da GRS Itabira informou que continuará observando os números diariamente e apresentando aos municípios sobre possíveis medidas que poderão ser tomadas em caso de complicação do cenário na região.

Os números mais recentes, da região do Médio Piracicaba, mostram que 91,99% da população geral tem a primeira dose em Itabira; 89,83% tem a segunda dose; 77,47% já tomou o primeiro reforço (3ª dose); e 54,34% tem o segundo reforço (4ª dose). Entre as crianças, 75,19% tomaram a primeira dose e 59,71% tomaram a segunda dose.

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Vacinação e alerta no Médio Piracicaba

O coordenador de vigilância epidemiológica, Marcelo Barbosa Motta, da Gerência Regional de Saúde de Itabira, detalhou que uma parcela da população da região está vacinada, mas a cobertura vacinal ainda não é a ideal, especialmente em relação às doses de reforço [terceira e quarta doses]. Para ter eficácia, essa cobertura, teria que ser em torno de 90%. “Ainda assim, o que a vacina faz é evitar que a pessoa desenvolva um quadro mais grave da doença. Ela não tem o poder de impedir totalmente a infecção, por isso vemos muitas pessoas vacinadas que estão se contaminando, às vezes até mais de uma vez”, explicou Marcelo.

Outro fator que tem facilitado a disseminação do vírus é a aglomeração das pessoas sem usar a máscara em ambientes fechados, o que aumenta a transmissão. “Por mais que existam medidas de restrição e de isolamentos, nunca alcançaremos o número zero em casos de covid-19 por se tratar de uma doença respiratória de alta transmissibilidade. Zerar os casos é impossível, por mais rigorosas que sejam as medidas. Mas temos que estar em alerta e fazer a nossa parte do ponto de vista técnico da vigilância epidemiológica”, finalizou Marcelo.

Autor: Flávio A. R. Samuel

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