Ética, humanização e direito à informação, na Rede de Urgência e Emergência, foram temas discutidos em reunião, na última sexta-feira (6/11), entre a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e os gestores municipais, coordenadores médicos, de enfermagem, do serviço social e da psicologia das instituições que compõem as unidades de saúde da macrorregião Triângulo do Norte.
A referência técnica em Urgência e Emergência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberlândia, Conrado Augusto Ferreira de Oliveira, reforçou a criação de estratégias para acolher o paciente e, especialmente por causa da pandemia da Covid-19, o corpo clínico deve repensar e estabelecer fluxos que adequem à realidade local considerando inclusive as medidas sanitárias.
“Os desafios sempre fizeram parte da rotina da Urgência e Emergência. O acolhimento com a classificação de risco contido na Política Nacional de Humanização deve ser respeitado, bem como outras rotinas devem estar alinhadas, como o conhecimento teórico do tema pelos profissionais, fluxo interno bem definido e de conhecimento de todos os profissionais da instituição; o aviso ao usuário sobre o direito às informações e o fluxo de acesso definido pela unidade e a extensão a familiares e terceiros”, pontuou Conrado.
O diretor clínico do Pronto Socorro de Patrocínio, Pedro Lulli, alertou que a ética e o direito à informação se estendem ao público externo. “Muitas vezes na nossa rotina, temos que fornecer dados dos pacientes atendidos à Polícia Militar para as diligências necessárias”, comentou. No mesmo sentido, a coordenadora da enfermagem da Santa Casa de Patrocínio, Anna Christina Gonçalves, acrescentou que além do corpo clínico, têm situações em que o jurídico necessita ser acionado: “Cada caso deve ser analisado particularmente”, pontuou.
Durante a conversa com os participantes, Conrado Oliveira também destacou alguns cuidados necessários, principalmente, para dar respaldo aos trabalhos da Comissão de Ética da instituição: “Os profissionais devem se atentar à segurança do acesso à informação, sigilo e o prontuário deve estar completo e bem redigido”, completou.
A psicóloga em Nova Ponte, Bruna Isabelle, complementou que a educação permanente em saúde é extremamente necessária para o acolhimento do paciente e traz segurança aos profissionais da saúde: “Vamos estender as discussões dessa reunião com a equipe local”, concluiu.
Autor: Lilian Cunha