Em relação à situação epidemiológica da febre amarela no estado de São Paulo, a SES-MG vem acompanhando e monitorando, através de suas unidades regionais de saúde, o aparecimento de casos suspeitos e a implementação de medidas de prevenção e controle que devem ser rigorosamente intensificadas no momento atual, considerando não apenas a situação do estado de São Paulo, como também a chegada do período de sazonalidade da doença, em que há um aumento do risco de ocorrência de casos. A Coordenação Estadual de Imunização, juntamente com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, está alerta em relação aos últimos acontecimentos de febre amarela em São Paulo, inclusive em contato direto com o Estado para recebimento de informações.
Dentre as medidas já implementadas pela SES-MG destacam-se:
vacinação, intensificação da vigilância de epizootias de primatas não humanos, pesquisa entomológica e vigilância das síndromes febris icterohemorrágicas. Somado a isso, a SES/MG tem emitido alertas e realizado reuniões para discussão da situação com as regionais de saúde e municípios do estado.
O último caso humano confirmado de febre amarela em Minas Gerais, até o momento, teve início dos sintomas em 09 de junho de 2017. Em relação aos primatas, as notificações de mortandade continuam ocorrendo no estado, sendo que os dois últimos animais positivos foram, respectivamente, nos municípios de Gonçalves/MG coletado em Agosto/2017 e Lagoa Dourada/MG, coletado em setembro/2017.
Atualmente, a estimativa da cobertura vacinal acumulada de febre amarela em Minas Gerais entre os anos de 2007 a 2017 é 80,64%, com uma estimativa de 3.843.407 não vacinados. Todos os municípios mineiros possuem recomendação de vacina, e a meta é imunizar 95% dos moradores. Diversos alertas já foram emitidos para que os municípios busquem os não vacinados de forma intensiva e imediata.
Dessa forma, o grupo técnico da Coordenação Estadual de Imunização da SES/MG recomenda a intensificação da vacinação contra a Febre Amarela, no território municipal, adotando algumas ações para melhoria da cobertura vacinal:
I. Ampliar o horário de funcionamento das salas de vacina;
II. Realizar vacinação extramuros (casa a casa, escolas, universidades e locais de trabalho);
III. Fazer mais um dia de “D” de mobilização no município, utilizando sábados e domingos;
IV. Realizar busca de não vacinados;
VI. Monitoramento rápido de cobertura vacinal para a febre amarela;
VII. Envolver a Atenção Primária em todas as ações, com participação ativa dos Agentes Comunitários de Saúde;
VIII. Realizar parcerias com instituições privadas/Conselhos de Classe/Saúde do Trabalhador;
IX. Realizar a digitação de todas as doses no sistema de informação do programa nacional de Imunizações (SIPNI).
O monitoramento está sendo realizado sobretudo com os municípios do triângulo mineiro e sul, que fazem fronteira direta com São Paulo.
Autor: Jornalismo SES-MG