Na última quarta-feira (31/05), a Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Uberlândia promoveu, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, uma ação educativa de mobilização contra as mortes no trânsito para todos os servidores. “As ações educativas e de promoção à saúde precisam começar internamente, com a qualidade de vida de nossos colaboradores”, afirmou a superintendente da Regional de Saúde de Uberlândia, Rosângela Paniago.
Durante todo o mês de maio, os canais de comunicação internos da Regional divulgaram aos servidores orientações educativas para motociclistas, motoristas, pedestres, passageiros e ciclistas. O programa Vida no Trânsito é coordenado na Regional de Saúde de Uberlândia pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica. A referência técnica do programa, Maria Inês Marques, defende que é importante pensar em uma nova concepção de saúde, uma visão afirmativa, que a identifica com o bem-estar e qualidade de vida.
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“Assim, ao se pensar em saúde e promoção da segurança no trânsito faz-se necessário entender o trânsito como um dos Determinantes Sociais da Saúde, ou seja, um dos tantos fatores comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população”, analisou Maria Inês.
O Maio Amarelo é um Movimento Internacional e em 88 países já foi possível reduzir os acidentes de trânsito. Segundo Marques, “o objetivo é até 2020 reduzir em 50% o número de acidentes de trânsito com relação ao ano de 2010 para salvar pelo menos 5 milhões de vida”.
“Dia D” – Ação Educativa Saúde no Trânsito
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, em parceria com a Regional de Saúde de Uberlândia, realizou uma Ação Educativa para orientar os trabalhadores de saúde quanto às práticas corretas no trânsito. Segundo a Organização Mundial da Saúde, dentre as causas externas, os acidentes de transporte terrestre (ATT) são a principal causa de óbito. No Brasil, em 2014, 43 mil pessoas morreram devido aos acidentes de trânsito. Em Minas Gerais, 43% dos acidentes são com motociclistas e 38% com automóveis.
O sargento Felipe Borges Rodrigues enfatizou que grande parte dos acidentes são evitáveis devido à imprudência dos envolvidos. “No caso dos motociclistas, algumas medidas simples podem evitar a colisão ou reduzir os traumas, como uso adequado do capacete dentro do prazo de validade e com a jugular devidamente fechada, evitar fones de ouvido que distraia o condutor, não exceder a velocidade permitida na via, não usar calçados abertos ou chinelos e os motociclistas devem evitar o uso de bermudas”, orientou o Sargento.
Marly Cardoso, trabalhadora da Regional de Saúde de Uberlândia, é motociclista e utiliza o meio de transporte para ir ao trabalho e levar a filha à escola. Já se envolveu em dois acidentes de trânsito em que outro veículo a fechou e não pode evitar a colisão. Em um dos acidentes fraturou o punho, teve várias escoriações e ficou afastada por três meses do trabalho, “foi uma fase muito difícil, a minha filha estava junto e se machucou bastante também”.
“Depois do acidente, eu busco tomar todos os cuidados, fico muito mais atenta ao trânsito. Continuo evitando o consumo de bebidas alcoólicas quando estou dirigindo, uso sempre o capacete – o adequado que é aquele todo fechado e não o aberto. Tento prevenir, pois se acontecer, que ele seja minimizado e não me machuque tanto”, contou. “Essa ação educativa foi muito importante para aprendermos mais e fiquei até o final da palestra”, conta Marly.
O próximo passo, segundo a referência técnica da Vigilância Epidemiológica, Maria Inês Marques, é ampliar a ação. “Antes o movimento estava restrito às capitais, agora todas as cidades sedes das unidades regionais serão orientadas a terem um Comitê Inter setorial do projeto Vida no Trânsito. É importante que participem deste Comitê, além da saúde, setores ligados à educação, segurança pública, corpo de bombeiros, estradas e rodagem, polícias civis, militares e rodoviárias, transporte e obras públicas”, finalizou.
Autor: Priscilla Fujiwara