Aconteceu nessa quarta-feira (14/05), no auditório da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora, a Oficina de implantação da Rede Macrorregional de Serviço de Verificação de Óbitos (RSVO). O encontro possibilitou a troca de experiências dos profissionais envolvidos com a questão e também deixou evidente a necessidade de criação do SVO, uma vez que o serviço apresenta uma relevância sanitária, além de possibilitar um diagnóstico diferencial, em face do excessivo número de óbitos sem causa básica esclarecida.
Para o coordenador da Comissão de Implantação da Rede de serviço de Verificação de Óbitos de Minas Gerais, Vicente Augusto Jaú, o SVO é de suma importância epidemiológica, visto que ele possibilita o esclarecimento dos óbitos e auxilia na implementação de políticas de saúde e fidelidade estatística do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).
“É importante realizar um diagnóstico rápido da causa de morte em eventos relacionados às doenças transmissíveis, em especial aqueles sob investigação epidemiológica, com a finalidade de programar medidas oportunas de vigilância”, destacou Jaú.
Em face do elevado percentual de óbitos por causas mal definidas no Estado, a Médica da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Eliane Drummond, explicou que “isso é reflexo de problemas relacionados, na maioria das vezes, ao preenchimento inadequado da Declaração de Óbito (DO)”. Segundo a Médica Legista do Instituto Médico Legal de Belo Horizonte, Lena Lapertosa, a criação do SVO na Macrorregião vai dar suporte ao IML, visto que “essa integração é fundamental para subsidiar o Sistema de Informação de Mortalidade (SIM)”. E para Salete Maria Novais Diniz, que integra a Coordenadoria Estadual do Sistema de Informação sobre Mortalidade, “é de extrema importância a busca ativa no prontuário a fim de verificar a real causa da morte”.
Ao final da reunião a Delegada Regional da Polícia Civil, Sheila Oliveira explicou que a cessão do terreno onde será construído o SVO encontra-se encaminhada. O coordenador regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde de Juiz de Fora, Rodrigo Barros, levantou a questão do financiamento para o SVO. “O consórcio intermunicipal tem sido uma saída encontrada pelos municípios para custear um serviço tão importante como esse, que irá atender toda a nossa macrorregião”, destacou.
Também participaram da Oficina o Superintendente Regional de Saúde de Juiz de Fora, José Eduardo Amorim, o Coordenador Médico do SAMU, Cláudio Moisés Lacerda Reis, representantes do Conselho Municipal de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), além de secretários municipais de saúde da região, e demais profissionais envolvidos.
Autor: Duilio Martins