Municípios da regional de BH participam de encontro e discutem sobre ações do Programa de Controle da Esquistossomose

O diagnóstico precoce, a importância das notificações e as formas de tratamento da esquistossomose foram alguns dos temas abordados na manhã de hoje, 19/12, na Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte. Cerca de 60 profissionais de saúde, entre farmacêuticos e pessoas responsáveis pelas áreas de zoonoses e epidemiologia, discutiram sobre as ações para melhoria do Programa.

A esquistossomose é conhecida popularmente como xistose e é transmitida pelo contato com água, rios, valas de irrigação e córregos que contenham caramujos do gênero Biomphalaria. Estes caramujos liberam larvas do verme que penetram na pele do ser humano. Segundo a Referência Técnica do Programa, Cláudia Barbosa Amorim Silva, a reunião de hoje esclareceu e informou como a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) pode auxiliar os municípios na prevenção, diagnóstico e tratamento da doença que a partir dos anos de 2008 e 2009 aumentou em todo o Estado.

De acordo com Cláudia, dos 853 municípios mineiros, 518 são considerados endêmicos para a doença. “Um dos objetivos do encontro realizado hoje é não deixar que este número aumente. O papel da SES-MG é dar suporte aos municípios pra que eles promovam ações que intensifiquem o combate ao vetor e o esclarecimento da população”, afirmou.

Complementando o apoio aos trabalhos dos municípios para o combate da doença, o Analista de Sistemas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e criador do sistema de informação de controle de esquistossomose, Hélio Tadasch apresentou um sistema de georeferência que possibilita aos profissionais de saúde dos municípios, terem uma visão espacial, mapeamento e visualização de dados mais reais sobre esta e outras endemias.

Formas de tratamento e sintomas

A forma de tratamento da esquistossomose é feita pelo medicamento Praziquantel. Segundo a Referência Técnica  da doença da SRS-BH muitos médicos tem prescrito o remédio não seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prejudicando assim a eficácia do tratamento. Os primeiros sintomas da doença são dores intestinais e vômitos. Estes sinais muitas vezes não recebem a devida importância e podem proporcionar a evolução da doença para a forma mais grave. Nesta fase, os ovos do verme se alojam em qualquer parte do corpo da pessoa, entre elas a coluna vertebral, desenvolvendo o que é chamado de mielite esquistossomose, que leva a pessoa a perda dos movimentos e até mesmo ao óbito.

A Farmacêutica Gabriela Rossi Castro, que trabalha na Farmácia de Minas do município de Belo Vale participou do encontro conheceu o programa. “A esquistossomose é uma doença grave. Conhecer sobre ela, as formas de prevenção e ainda aplicar o que soube hoje foi muito importante para o atendimento das pessoas que procuram pela farmácia”, disse.

Autor: Alessandra Maximiano

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