SES inova e lança programa de qualificação de profissionais que atuam na assistência perinatal

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) lançou nesta quarta-feira, 18/12, na Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, o Programa de Qualificação da atenção perinatal. O objetivo é reforçar as ações para a redução da mortalidade materna e infantil no Estado, fundamentando-se na assistência perinatal em rede.  Serão investidos pelo estado mais de R$ 18 milhões em recursos para capacitar mais de 6000 profissionais da assistência perinatal, ambulatorial e hospitalar. Perinatal é o período da gravidez compreendido entre as 22 semanas completas (154 dias; 5 meses e meio) e os 7 dias completos após o nascimento do bebê.

De acordo com o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, o curso de qualificação “é uma construção muito precisa e baseado em evidências epidemiológicas. Buscamos de forma inovadora diminuir a mortalidade materna e fetal com foco naquilo que realmente precisamos”, explicou.   O secretário ainda esclareceu que as mortes materna e fetal são um desafio para toda a sociedade mineira e devem ser encaradas como um evento catastrófico. “Tenho convicção que estamos no caminho certo, estamos assumindo perante a todos a relevância desta causa, que é também de toda a sociedade. Precisamos tratar a maternidade como o maior patrimônio que temos e a mortalidade como nosso maior desafio”, completou

Já a referência técnica em neonatologia da SES, Maria Albertina Santiago Rêgo, destacou que programa será uma referência para o Brasil e é inédito do ponto de vista do monitoramento individual. Albertina ainda ressaltou que sem as parcerias não teria como implementá-lo. “Este é um curso muito abrangente, em que cerca de 6 mil profissionais serão qualificados e após este treinamento eles irão acompanhar a gravidez de risco e os bebês”, informou.

Parcerias

A Fundação Educacional Lucas Machado (FELUMA) será a responsável pelo curso e entidades médicas também são parceiras da inciativa. Para o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Ferreira, “quaisquer ações que visem melhorar a segurança da assistência das pessoas são extremamente bem vindas. É através desse tipo de iniciativas que vidas serão salvas”, disse.

A presidente da sociedade mineira de pediatria Raquel Pitchon dos Reis comemorou o lançamento do programa de qualificação. “Este programa, com toda essa dimensão irá proporcionar a redução da mortalidade neonatal. Nós também queremos contribuir e propomos que sejam quantificados os impactos desta qualificação. Com o trabalho em parceria tenho certeza que vamos ecoar em todo o Brasil”, afirmou.

Conforme a presidente da Associação de Médicos Obstetras (Sogimig), Maria Inês Lima, “é com muito orgulho, alegria e empenho que a Sogimig participa deste curso. Esse será um grande passo para diminuir as mortes materna e fetal e também trará qualificação na rede assistencial”, completou.

Enquanto que o Diretor da Faculdade de Ciências Médicas, Lucas Viana Machado, enfocou o papel protagonista do estado. “Minas sempre faz bem feito tudo que empreende e tenho toda a certeza que esse programa não tem outra saída a não ser dar certo e virar exemplo para todo o país”, acredita.

A qualificação

O curso será voltado para  médicos e enfermeiros dos hospitais/maternidades que compõem a Rede Viva Vida; técnicos de enfermagem de hospitais/maternidades que compõem a Rede Viva Vida. Médicos e enfermeiros da atenção obstétrica dos Centros Viva Vida de Referência Secundária (CVVRS) e Serviços de Referência e também para profissionais que atuam no SAMU.

O curso foi desenhado para apoiar os profissionais da área perinatal na sistematização da assistência e foi clinicamente orientado e sequencialmente integra estratificação do risco gestacional, classificação do risco em condições agudas, coleta e organiza as informações, estabelece prioridades, avaliação diagnóstica, intervenções clínicas no local onde os processos ocorrem, transporte e referenciamento para centros de maior complexidade assistencial quando necessário, monitoramento da assistência ambulatorial e hospitalar, organização da rede garantindo  fluxos assistenciais integrados e qualificados.

Autor: Vivian Campos

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