Nesta quinta-feira (11), aproximadamente 50 técnicos da Atenção Primária à Saúde de 18 municípios jurisdicionados à Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas participaram de uma oficina para a estratificação de risco, definição dos fluxos e encaminhamento de atendimentos para o Centro Hiperdia da microrregião.
Com o Centro, construído com recursos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), a população terá acesso às especialidades como cardiologia e endocrinologia, além de poder realizar exames complementares. O objetivo é melhorar a qualidade de vida da população, reduzir a mortalidade e as complicações de forma preventiva dos pacientes hipertensos e diabéticos.
Com a implantação do 11º Centro Hiperdia no Estado previsto para inaugurar em janeiro de 2012, Patos de Minas e região mudará a forma de referenciar os hipertensos e diabéticos de alto risco. “O novo ponto de apoio da rede é um ganho e um avanço para a nossa microrregião, que precisará estruturar o futuro serviço para termos efetividade nas ações”, disse o Superintendente da SRS Patos de Minas, Lindomar Marques Babilônia.
Ailton Cezário Alves Júnior, coordenador do Hiperdia da Secretaria de Estado de Saúde, destacou que o sucesso do Centro Hiperdia depende do trabalho correto e integrado da rede. “O local irá atender apenas aos pacientes de alto risco, ou seja, há critérios de encaminhamento para maior aproveitamento da matriz de atenção, em que estas pessoas terão 3 atendimentos multiprofissionais por ano e rotineiramente serão acompanhadas pelas equipes de atenção primária à saúde”.
Flávia Costa Fiuza Antonelli, coordenadora da Atenção Primária de São Gotardo, ressaltou a importância do Centro Hiperdia. “Com esta nova estrutura, não apenas São Gotardo, mas todas as cidades da região terão a possibilidade de propiciar mais qualidade no tratamento dos hipertensos e diabéticos”. No mesmo sentido, a enfermeira de Tiros, Betânia Morais, avaliou positivamente a integração e organização do serviço. “O Centro Hiperdia proporcionará o atendimento adequado a quem realmente necessita”.
Diabetes e hipertensão
As estatísticas revelam que até 2030 serão 350 milhões de diabéticos no mundo, sendo que 35% deles não sabem que são diabéticos. Nos últimos 20 anos, metade dos casos de diabetes evoluiu para quadros graves. Hoje, 10% dos adultos mineiros são diabéticos, e 30% destas pessoas têm controle metabólico ruim.
Pesquisas indicam que 20% dos adultos mineiros são hipertensos, e metade deles não sabem que são hipertensos. Cerca de ¼ dos hipertensos são de alto risco e se não tratarem, eles estão sujeitos a lesão de algum órgão.
É com base neste cenário que a Secretaria de Estado de Saúde criou o programa dos Centros Hiperdia Minas em 2009. Regulamento pela Resolução SES nº 2606/2010 e 2805/2011, os Centros vêm referenciar a população de hipertensos e diabéticos no tratamento multidisciplinar (médico, enfermeiro, psicólogo, nutricionista e outras especialidades), com trabalhos em grupo, de forma integral e contínua dos pacientes de alto risco, evitando assim, futuros agravamentos.
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Autor: Lílian Cunha