A febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo mosquito infectado, e a principal forma de prevenção é por meio da vacinação. A primeira dose é indicada para crianças com 9 meses e o reforço aos 4 anos; já para a população que não possui registro desta proteção e está na faixa etária de 5 a 59 anos, deve tomar apenas uma dose.
Para reforçar o fortalecimento da vigilância da febre amarela, por meio do monitoramento das mortes de primatas não humanos (PNH), casos humanos suspeitos, vacinação e o controle vetorial, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Patos de Minas, com o apoio da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), promove nos dias 11 e 12/12, um treinamento integrado em que participam os técnicos das secretarias municipais de Saúde de Patos de Minas e região.
Este é o décimo treinamento regional, para o período epidemiológico 2025/2026, que priorizou as regiões Sul, Zona da Mata e Triângulo Mineiro por conta de epizootias (mortes de PNH confirmadas com o vírus amarílico), casos suspeitos e confirmados em humanos nos últimos meses e pelo risco da disseminação viral a partir dos corredores ecológicos da febre amarela. As ações integradas de prevenção, controle, qualidade da análise laboratorial, comunicação em saúde e tratamento são transversais, por isso participam os técnicos municipais da coordenação da Vigilância Epidemiológica, Imunização, Endemias e Assistência.
Ramon Oliveira, médico veterinário e referência técnica em febre amarela na Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial da SES-MG, reforçou as ações preventivas: notificar e investigar as mortes dos primatas, tendo em vista ser um alerta para uma possível circulação do vírus. “As vigilâncias municipais devem fazer a coleta das amostras dos PNH mortos e enviar para investigar por meio da análise laboratorial, além de notificar e verificar todos os casos humanos suspeitos para o agravo”, disse Oliveira.
Adriana Álvares de Souza e Silva, referência técnica em arboviroses da SRS Patos de Minas, destaca que em 2025 foi realizada uma série de treinamentos para a região, sendo um ano produtivo e cheio de aprendizados. “Estamos fechando as capacitações do ano com a da Febre Amarela. Temos que trabalhar de maneira integrada para sermos mais proativos que o mosquito”.
Cenário Epidemiológico da Febre Amarela na região
No período de 2025/2026 foram enviados nove primatas não humanos para investigação no laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), e nenhum foi confirmado para febre amarela. Há um caso suspeito em humano notificado, em que a amostra laboratorial apresentou reagente e ainda segue em investigação.
Saiba mais: https://www.saude.mg.gov.br/febreamarela/
Por Lilian Cunha
Foto: Lilian Cunha
