Febre amarela é tema de treinamento na Regional de Ubá

Nos dias 24 e 25/11, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá promoveu o “Treinamento Integrado de Vigilância da Febre Amarela”, reunindo supervisores, profissionais da vigilância epidemiológica, agentes de combate a endemias (ACE), equipes de zoonoses e agentes comunitários de saúde (ACS) dos 31 municípios da regional. A iniciativa reforça a preparação das equipes diante do risco de circulação viral em áreas estratégicas do estado.

Minas Gerais apresenta alta vulnerabilidade para a febre amarela, devido à presença de corredores ecológicos e diversidade de Primatas Não Humanos (PNH), que são vítimas da doença e não transmissores. A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos vetores, e a detecção precoce é essencial para evitar surtos.

No período de monitoramento 2024/2025, foram confirmados casos humanos e mortes de PNH por febre amarela em MG, reforçando a necessidade de vigilância ativa. Algumas regionais, como Uberlândia, Patos de Minas, Ponte Nova, Juiz de Fora, São João del Rei e Ubá, foram priorizadas por apresentarem áreas com possível circulação viral e baixa notificação de mortes de primatas.

Regional de Ubá está no corredor ecológico do vírus

“Pesquisadores da Fiocruz identificaram que nossa regional integra um corredor espacial de transmissão da febre amarela, que conecta o Norte do país (região endêmica) a áreas do Centro-Sul, incluindo Minas Gerais. Isso aumenta nossa responsabilidade em manter vigilância ativa e estratégias de prevenção”, explicou Luciane Zanoti, referência técnica de Arboviroses da GRS Ubá. (Clique aqui e saiba mais sobre o corredor ecológico da Febre Amarela)

Infográfico: Pesquisa da Fiocruz aponta para um corredor espacial de transmissão que liga o Norte do país, região considerada endêmica devido à constante circulação do vírus da febre amarela, a uma região que os pesquisadores chamam de Bacia Extra-Amazônica, que inclui os estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Sul do país

O treinamento contou com apoio do nível central da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com participação de Ramon Oliveira, referência técnica em febre amarela na Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial (CEVARB), e Laila Heringer, referência técnica em controle vetorial.

Para Franklin Leandro Neto, diretor da GRS Ubá, o treinamento é essencial para garantir a segurança da população. “A febre amarela ainda representa um risco significativo para Minas Gerais, e precisamos manter a vigilância ativa”, disse o diretor. Segundo ele, o treinamento foi fundamental para integrar ações de vigilância, imunização e atenção primária, garantindo que os municípios estejam preparados para responder rapidamente diante de qualquer suspeita da doença. “Nosso objetivo é proteger vidas e evitar surtos, lembrando que a vacinação continua sendo a principal estratégia preventiva contra uma enfermidade que apresenta alta letalidade quando a pessoa infectada não está vacinada”, completou.

Por: Keila Lima

Foto: Keila Lima

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