Filhos de Minas amplia cuidados no pré-natal e reforça acolhimento a gestantes vulneráveis 

Programa investe mais de R$ 12 milhões e distribui 39 mil kits de enxoval para incentivar consultas e reduzir mortes maternas e infantis

Moradora de Bom Despacho, na macrorregião Oeste, Maria Alice Gorgosinho recebeu da Unidade Básica de Saúde JK um kit com bolsa, cobertor, roupas e toalha para o bebê. O que parece apenas um presente faz parte da estratégia do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), para fortalecer o pré-natal e ampliar o acompanhamento das gestantes. 

Lançado em fevereiro deste ano, o programa Filhos de Minas prevê a distribuição de 39 mil kits em todo o estado, com investimento superior a R$ 12 milhões. O incentivo é destinado às gestantes acompanhadas na Atenção Primária, especialmente beneficiárias do Bolsa Família, que precisam cumprir o cronograma de consultas e exames. 

Na macrorregião Oeste, 198 kits já foram entregues às prefeituras, sendo 11 a gestantes de Bom Despacho. “O kit ajuda muito e incentiva a gente a fazer todo o pré-natal. Quero tudo de bom para o meu filho”, afirmou Maria Alice. 

Incentivo ao pré-natal

Segundo a referência técnica de Saúde da Mulher e da Criança da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Lucimara Osório, o programa está alinhado ao Plano Estadual de Saúde e às ações de qualificação da rede obstétrica em Minas. A meta do estado é reduzir os óbitos maternos e infantis até 2027. 

“O incentivo melhora a adesão ao pré-natal completo e fortalece o cuidado na Atenção Primária”, explicou.  

A secretária de Saúde de Bom Despacho, Tamara Bicalho, destaca que o município tem intensificado as ações preventivas. Gestantes de alto risco são acompanhadas pelo Centro de Especialidades, e todos os ultrassons são feitos na maternidade local. 

“O kit chega em boa hora para famílias em situação de vulnerabilidade. Representa acolhimento e garante um enxoval digno para quem muitas vezes não teria como arcar com esses itens”, afirmou. 

Indicadores de mortalidade materno-infantil

Entre as metas da SES-MG está a redução da Razão de Mortalidade Materna de 40 para 30 por 100 mil nascidos vivos e da mortalidade infantil de 11,4 para 9,9 por mil nascidos vivos até 2027. 

Para avançar, a referência de investigação de óbito da Regional de Divinópolis, Nayara Dornela, reforça a importância dos Comitês Municipais de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal. 

“As principais causas de óbitos infantis estão relacionadas ao período perinatal, e os óbitos maternos são mais frequentes por doenças hipertensivas e hemorragias. A vigilância analisa cada caso para apoiar melhorias na assistência e prevenir mortes evitáveis”, explicou. 

Por: Willian Pacheco

Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

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