Com o objetivo de avaliar resultados, trocar experiências e abrir novas perspectivas de abrangência dos trabalhos já realizados, na quinta-feira, 9/10, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou reunião com referências técnicas da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros e com a coordenação do Serviço de Atenção Especializada (SAE) Ampliado. A iniciativa integra as ações do Programa de Fortalecimento da Vigilância Sentinela das Síndromes Gripais, através do qual Montes Claros integra uma rede estadual composta por 30 unidades.
A reunião contou com a participação de Gilmar José Coelho Rodrigues, coordenador de Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas na SES-MG; Agna Soares da Silva Menezes, coordenadora de vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional de Montes Claros e Nilce Fagundes, referência técnica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros.
O município foi representado pela gerente de vigilância epidemiológica, Priscilla Pimenta; pela coordenadora do Laboratório Municipal, Josiane Santos e por João Paulo Dias Lopes, coordenador do SAE Ampliado.
Agna Menezes explica que a vigilância sentinela é responsável pela identificação e monitoramento da circulação de diversos vírus respiratórios de importância em saúde pública a nível nacional, contribuindo com o envio de relatórios à Organização Mundial da Saúde (OMS) para definição da composição da vacina anual contra o vírus influenza.
“As Unidades Sentinela também desempenham trabalho de fundamental importância para a vigilância epidemiológica e de saúde estadual e nacional, no que se refere à identificação de situações de risco relacionadas a possíveis novos vírus que venham a circular nas diversas regiões do estado e do país, e que tenham potencial pandêmico. Com a identificação oportuna de situações como essa, torna possível às secretarias estaduais e ao Ministério da Saúde indicar o perfil sazonal de ocorrência dos vírus, bem como caracterizar surtos ou epidemias”, pontua Agna Menezes.
Durante a reunião, Gilmar Rodrigues observou que as visitas técnicas realizadas nas unidades sentinela “tem como foco avaliar os trabalhos implementados, tomando por base dados contabilizados pelos municípios sede dos serviços. As avaliações seguem indicadores definidos pelo Ministério da Saúde o que possibilita, caso necessário, a realização de adequações visando o fortalecimento dos serviços realizados nas suas respectivas regiões de abrangência”.
Para o monitoramento contínuo dos vírus respiratórios circulantes no estado, semanalmente as unidades sentinela enviam amostras de pacientes com quadros respiratórios para análise no laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
Entre os vírus respiratórios de importância para a saúde pública monitorados pelo Ministério da Saúde está a covid-19 e influenza. O trabalho implementado por unidades sentinela e serviços de vigilância epidemiológica e de saúde dos estados e municípios foca no monitoramento precoce das alterações na circulação dos vírus, visando aprimorar os estudos de sazonalidade; identificação de surtos; tendências da morbidade e mortalidade; identificação de grupos e fatores de risco, além do estabelecimento de critérios para a notificação e registro de casos suspeitos em serviços de saúde públicos e privados.
Os procedimentos de investigação laboratorial e a definição dos critérios de respostas a situações de surtos, epidemias e pandemias também são alvo das análises feitas com base nos dados de monitoramento.
Por: Pedro Ricardo
Foto: Pedro Ricardo