A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença que marcou gerações no passado. Ailton Geraldo de Souza, 63 anos, que contraiu a doença na infância, compartilha sua experiência e faz um apelo aos pais e responsáveis na campanha de vacinação contra a doença.
“Na época em que eu era criança, a vacina contra a poliomielite estava disponível apenas em São Paulo. Morando em Araçuaí, enfrentei cinco cirurgias na perna esquerda e, apesar do aparelho ortopédico, as sequelas permaneceram”, conta Ailton. As dificuldades não foram apenas físicas, relembra o servidor da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG): “Na adolescência, foi muito difícil lidar com essa situação. Eu adorava futebol, mas não podia jogar. Hoje, aos 63 anos, ainda enfrento dificuldades de locomoção”.
Com objetivo de evitar que crianças passem pela mesma situação, Ailton faz um apelo enfático: “Levem seus filhos para vacinar e evitem que eles enfrentem as mesmas dificuldades que eu. A vacinação é fundamental para prevenir a poliomielite e garantir que as crianças possam desfrutar de atividades simples, como jogar futebol”.
Camila Freitas, referência de Imunização da Regional de Belo Horizonte, destaca a importância de resgatar o hábito da vacinação em dia. “O tradicional Dia D de campanha de prevenção à poliomielite ocorreu em diversos municípios no dia 8/6. Vamos proteger nossas crianças e construir um futuro livre dessa doença”.
A conscientização e a vacinação são essenciais para erradicar a poliomielite e garantir a saúde das futuras gerações. Nesse contexto, confira a programação nos municípios da Unidade Regional de Saúde de Belo Horizonte. A campanha de vacinação teve início em 27/5 e vai até 14/6 e tem como público-alvo crianças de um a quatro anos de idade, que deverão ser vacinadas mesmo se já receberam o imunizante em outros momentos. Em relação às crianças menores de um ano, a recomendação é avaliar a necessidade de acordo com a situação da caderneta de vacinação.
A doença
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa causada pelo poliovírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total em questão de horas.
O último caso de poliomielite no Brasil foi em 1989, e o país foi certificado livre do poliovírus selvagem em 1994. No entanto, em 2023, foi classificado como de alto risco para reintrodução do vírus e por isso, a vacinação é crucial.
A vacina contra a poliomielite faz parte do calendário de rotina do Programa Nacional de Imunização (PNI), é gratuita e está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde. Os adultos devem levar as crianças até a unidade básica de saúde mais próxima, com o cartão de vacinação.
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Autor: Leandro Heringer / Fotos: Leandro Heringer