Começa a funcionar nesta sexta-feira, 26/04, oTelemonitoramento de Unidades de Terapia Intensiva Neonatal da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) no Hospital São João de Deus, em Divinópolis. A ação é inovadora e visa reduzir a mortalidade de recém nascidos.
O telemonitoramento é fruto de uma parceria técnica da SES com a Faculdade de Medicina da UFMG e funciona como um serviço de telemedicina que permite a interação entre os profissionais com maior expertise na área com os profissionais das UTIs neonatais do interior do Estado. Acontece através do sistema de teleconsultoria (on line e off line), por meio de sistema de webconferência entre os plantonistas da central de telemonitoramento e os serviços de saúde locais.
Outra medida implementada é o acompanhamento de casos clínicos e discussão on line (webconferência e teleconsultorias emergenciais) entre o médico responsável diretamente pelo paciente e sub-especialistas remotos da Central de Monitoramento, quando houver indicação.
Foram realizadas videoconferência para explicação do projeto e equipes da SES estiveram no local para instalação e capacitação do sistema. Aconteceu também uma reunião com toda a equipe da UTI neonatal do hospital para explicação do projeto, metodologia, ações e responsabilidades das partes envolvidas.
Mortalidade infantil
Segundo a equipe técnica do Tele Minas Saúde, o projeto tem como prioridade diminuir os índices de mortalidade infantil no Estado. “Foi desenvolvido como uma resposta a levantamentos realizados pela SES que constataram que a maior parte dos óbitos de crianças de até 1 ano ocorrem no período neo-natal precoce (de 0 a 6 dias). Segundo especialistas, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas por intervenções nas primeiras horas de vida do recém-nascido.
Garantir acesso aos serviços de terapia intensiva, por exemplo, pode ser definitivo para a sobrevivência de uma criança,” afirma Nara Carvalho, Gerente do projeto Teleminas Saúde.
O critério usado para a escolha da cidade receber o telemonitoramento tem a ver também com a taxa de mortalidade de recém nascidos na região. “Divinópolis foi escolhida por ser uma cidade populosa e que atende muitos municípios próximos, conta também com uma boa estrutura de UTI-neonatal, mas uma taxa de mortalidade neonato alta”, afirma Cristina Duarte, técnica do projeto.
O estado investiu R$ 2,5 milhões para implantação do projeto. As cidades que já possuem o telemonitoramento são Montes Claros, Diamantina, Janaúba, Teófilo Otoni e agora Divinópolis.
Autor: Lorena Melo