Entre os dias 22 e 24 de março, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni realizou o 7º Ciclo de Formação de Tutores do projeto Saúde em Rede. O evento foi conduzido pelos analistas regionais e a analista central do projeto com a equipe da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG). Neste sétimo encontro foi abordado o atendimento às condições crônicas e eventos agudos dos pacientes atendidos pela Unidade Laboratório, com foco principal na linha de cuidado materno infantil.
Sobre o projeto
O projeto Saúde em Rede foi criado com o objetivo de auxiliar os municípios na organização dos processos de trabalho da atenção primária e da atenção especializada. No caso de Teófilo Otoni, o Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), por meio de uma metodologia de educação permanente, tem como propósito desenvolver a competência das equipes. “A equipe discute o próprio trabalho, identifica as fragilidades e o que pode ser melhorado”, explica Alice Werneck, integrante da ESP-MG e apoiadora do projeto na região de Teófilo Otoni. O Saúde em Rede teve a etapa piloto na macrorregião Jequitinhonha e contemplou, em sua primeira onda de expansão, em 2021, os 32 municípios da área de abrangência da SRS Teófilo Otoni.
Metodologia
Educação permanente – desde o início os gestores municipais de saúde foram orientados a indicar dois profissionais para atuarem como tutores municipais do projeto e indicar uma Unidade Básica de Saúde nos seus respectivos municípios para ser a Unidade Laboratório. Após essa etapa, os tutores municipais se reúnem, em Teófilo Otoni, durante dois dias por mês, com os analistas regionais, analista central e apoiadores da ESP-MG. Nesses encontros, são repassados os conteúdos teóricos correspondentes a cada ciclo de formação, tendo como foco o desenvolvimento da rede materno infantil e a melhoria da interação com os serviços de média complexidade.
Findado cada encontro, os tutores municipais replicam o conteúdo absorvido para os demais trabalhadores da Unidade Laboratório, por meio de oficinas e com uma abordagem mais específica, considerando as particularidades dos seus municípios. “Em cada localidade o projeto ocorre de uma forma. O tutor conhece a sua equipe, a melhor forma de abordar os temas propostos e de aplicar a teoria em suas rotinas de trabalho”, ressalta Alice Werneck.
Raísa Colares Franco, médica da Unidade São Domingos (Unidade Laboratório), em Ladainha, diz que a metodologia do projeto em oficinas com educação permanente promove o engajamento dos profissionais. “Na oficina três, por exemplo, pudemos conhecer a fundo como funciona a sala de vacina e o processo de trabalho daquela equipe. Fruto disso é que já temos um projeto de descentralização das salas de vacina de forma que cada Posto de Saúde da Família tenha uma sala, vinculando ainda mais o paciente àquela Unidade”, diz Raísa.
O encerramento do projeto está previsto para maio deste ano. Na ocasião será realizado o monitoramento final do projeto e avaliação das melhorias e avanços proporcionados pelo Saúde em Rede, em cada município.
Autor: Déborah Ramos Goecking