SRS Diamantina promove capacitação sobre controle da propagação da síndrome mão-pé-boca

Reunião virtual de capacitação - Sindrome mão-pé-boca

Diante do aumento das notificações de casos da síndrome mão-pé-boca na região, técnicos da Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina, realizaram, nesta quarta-feira (23/02), capacitação, por videoconferência, focada nos profissionais da Vigilância em Saúde, representantes dos Hospitais e equipes da Atenção Primária dos 34 municípios sob a jurisdição da regional.

 

A síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa, mais frequente em crianças com menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Ela é causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus, que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites. A transmissão se dá por via fecal/oral, por contato direto entre as pessoas ou com fezes, saliva e outras secreções, ou então por meio de alimentos e objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas.

 

Após a apresentação do cenário do agravo no estado, diversos assuntos foram expostos, entre eles as condições clínicas e características da síndrome mão-pé-boca, apresentado pela professora doutora em estomatopatologia, Ana Terezinha Marques Mesquita, do departamento de odontologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Os participantes também foram orientados pelos técnicos da SRS Diamantina sobre a atuação da Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica frente a rumores e surtos da doença, bem como da importância da comunicação de risco de agravos de interesse à saúde pública. Ao final da reunião o município de Diamantina compartilhou com os presentes a sua experiência no controle da propagação dos recentes surtos enfrentados pelo município, e que ainda estão em monitoramento.

 

A referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Kesley Duarte de Jesus ressaltou a importância do trabalho realizado pela vigilância sanitária para mitigar os surtos e alertou sobre o fluxo correto de informações oficiais. “Com a comprovação do surto, por meio de investigação realizada pela vigilância do município, é muito importante que os dados sejam lançados nos sistemas de informações oficiais em tempo oportuno, conforme orientado por resoluções e notas técnicas. Além disso, é importante frisar os cuidados que os profissionais devem ter com os dados apurados sobre os agravos, informações que devem ser tratadas de forma técnica e cautelosa”, salientou Kesley 

 

“Nessa capacitação contamos com importantes parcerias interinstitucionais. Agradecemos a professora Ana Terezinha, da UFVJM, por aceitar o convite da regional e pela brilhante explanação sobre a síndrome mão-pé-boca, que tem importante impacto sobre a saúde pública, dada a alta transmissibilidade e os riscos de desnutrição e desidratação das crianças acometidas. Importante ressaltar também a grande participação de técnicos da Vigilância em Saúde de 34 municípios da nossa região, em especial da equipe da Vigilância em Saúde do município de Diamantina, coordenada pela enfermeira Luciana Miranda, que compartilhou conosco a experiência no manejo ágil e eficiente para controle dos surtos ocorridos no município”, destacou Francinne Batista, referência técnica do Núcleo de Vigilância Sanitária da SRS Diamantina.

 

Autor: Ricardo Maciel

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