A Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte (SRS-BH) realizou o curso de “Capacitação em Abordagem Intensiva e Tratamento do Fumante em Ambientes Livres do Tabaco”, com seus 40 municípios, na última terça e quarta-feira, 16 e 17/10. O objetivo do evento é atualizar as referências municipais para a formação de grupos de tabagismo.
De acordo com a Referência Regional da SRS-BH, Zuleima Moreira França, é imprescindível que haja pelo menos um médico dentro de cada grupo, para avaliar a saúde do paciente e analisar se ele precisará de tratamento medicamentoso ou não. “Os grupo são feitos como se fosse o Alcoólicos Anônimos (AA), só que com medicamentos. O tabagismo é uma doença e não mais um vício”, explica. Para o início do programa, há uma comissão executiva que analisa as principais estratégias que serão feitas dentro dos grupos.
Os participantes ressaltaram a importância de uma abordagem intensiva em relação ao dependente de nicotina. Segundo o farmacêutico de Rio Acima, Geovani Geraldo Resende, o programa de tabagismo existe há mais de um ano na cidade. “Inicialmente o programa começou com 20 pessoas, que eram orientadas por um psicólogo, um médico e uma enfermeira. A equipe profissional faz a prescrição dos medicamentos a serem usados pelo paciente. Eu, como farmacêutico, realizo o cadastro dos pacientes no Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf). O grupo já ajudou muita gente a parar de fumar”, conta.
Para a enfermeira de Betim, Paula Letícia Silva, a capacitação favorece maior visão sobre o assunto. “Temos uma visão mais ampla com o curso. Quanto ao programa, percebemos uma forma de melhorar a qualidade de vida do paciente, além de aperfeiçoar a assistência aos usuários”.
A palestrante Dagmar Fátima de Abreu ressalta a importância do evento. “O curso capacita o profissional para dar uma assistência adequada aos dependentes do cigarro. O foco é uma melhoria da saúde e a prevenção de futuras patologias clínicas”, conclui.
Cerca de 100 profissionais estiveram no evento durante os dois dias para se especializarem e montarem seu próprio núcleo contra o cigarro. Atualmente, 37 municípios já têm grupos. Os tratamentos ocorrem trimestralmente.
Autor: Lucélia Ribeiro / SRS-BH