Situação da Covid-19 segue sendo monitorada em Minas Gerais

Créditos: Pedro Gontijo/ Imprensa MG

Nesta sexta-feira, 24/04, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, participaram de mais uma entrevista virtual, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com o objetivo de analisar o cenário epidemiológico da covid-19 no estado, bem como abordar as ações de enfrentamento à pandemia. “Inicio esta conversa reforçando a importância das orientações que a secretaria em dado sobre manter o distanciamento social, de utilizar máscaras todas as vezes que sair de casa e, além disso, as medidas de higiene, lavar as mãos e o rosto com água e sabão. Esses cuidados são extremamente importantes e é necessário reforçá-los com frequência”, enfatizou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.

Atualmente, Minas Gerais, por meio do programa Minas Consciente, visa a flexibilização do isolamento social, feita com segurança. Para isso, a SES-MG setorizou quatro ondas que são classificadas da seguinte maneira: onda 0 – serviços essenciais; onda 1 – baixo risco; onda 2 – médio risco; onda 3 – alto risco; tais classificações serão liberadas para funcionamento de forma gradual, conforme indicadores de capacidade assistencial e da evolução da doença, avaliando o cenário de cada município e o número de casos da doença em cada região.

“Os números da doença no estado tem seguido um certo padrão. Neste momento, a secretaria realiza o acompanhamento, diário, dessa evolução para a elaboração e planejamento dos programas e orientações para cada setor. Hoje, está liberado o funcionamento dos setores tidos como essenciais, como hipermercados, padarias, açougues, postos de gasolina, entre outros. Além disso, até a próxima segunda-feira, 27 de abril, teremos todos os protocolos, para os demais setores, finalizados para que todos os estabelecimentos que forem liberados para funcionar tenham uma grande aderência a estes protocolos”, explicou o secretário.

Questionamento sobre a reforma do hospital psiquiátrico Galba Veloso, que faz parte da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), com o objetivo de disponibilizar leitos para atendimento à possíveis casos da Covid-19, o secretário explicou que a rede Fhemig está se preparando para atuar de forma principal ao enfrentamento ao coronavírus, tanto na região metropolitana de Belo Horizonte, quanto no interior, nas localidades em que há hospitais da fundação. “Tendo isso em vista, nós planejamos expandir os leitos de terapia intensiva da Fhemig e, para isso, é necessário também aumentarmos a capacidade de leitos de enfermaria para receber pacientes com menor gravidade e também indivíduos que saíram da terapia intensiva. Dentro deste plano, optamos pelo Galba Veloso que, atualmente, interna pacientes psiquiátricos, ser realocado e ter suas funções direcionadas para uma internação clínica. O objetivo nesta reestruturação é transformar o hospital Galba Veloso em uma instituição com destino de internação clínica durante a epidemia de covid-19”.

Amaral, explicou ainda, que pacientes do Galba Veloso já estão sendo transferidos para o hospital Raul Soares, instituição que também faz o atendimento psiquiátrico e que apresenta estrutura idêntica ao Galba Veloso, não havendo nenhum tipo de perda assistencial. “Estamos também organizando a estrutura interna da instituição com previsões de possíveis obras de readequação, mas tais obras não estão relacionadas diretamente com a capacidade assistencial, ou seja, não há um condicionamento entre se ter uma obra e haver internação clínica no Galba Veloso. No futuro, o objetivo é que a instituição volte as suas funções originais”, afirmou.

Distanciamento social

Para acompanhar os índices do distanciamento social em todo o estado, a secretaria utiliza um software que monitora cerca de 3 milhões de pessoas e fornece uma noção de como está o distanciamento social em Minas Gerais. “Notamos que houve um aumento da mobilidade das pessoas nos últimos dez dias, tanto na capital quanto em diversos locais do interior, fato que está em consonância com a abertura da circulação de pessoas que várias prefeituras adotaram. Dentro deste contexto, entendemos sim que o distanciamento é importante, mas mais do que isso é preciso analisar qual é o impacto assistencial que esse isolamento traz, ou seja, quais as ações de enfrentamento têm surtido efeito, as notificações, o número de internações em decorrência da covid-19 e, também, o número de diagnóstico de casos da doença. O objetivo é realizar uma análise conjunta, abordando vários indicadores, para sermos o mais preciso possível”, avaliou Amaral.

Em relação aos casos curados da Covid-19, o secretário explicou que há dois caminhos possíveis na evolução da doença em uma pessoa: o óbito ou a cura. “Todos os quadros virais relacionados ao coronavírus levam a cura ou ao óbito, não há outra alternativa. Sendo assim, nós acompanhamos os óbitos diagnosticados e aqueles casos confirmados, que não evoluíram para óbito, após cerca de 14 dias, são considerados curados. Então, de uma forma geral, entendemos que todos os casos que não evoluíram para óbito serão curados”, afirmou.

O secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, explicou de que forma será efetuada a fiscalização dos estabelecimentos comerciais após a autorização da reabertura do comércio e, afirmou, que os protocolos que foram e estão sendo elaborados têm como função principal orientar todos os municípios e a vigilância sanitária continuará realizando os procedimentos padrão de fiscalização. “A fiscalização desses estabelecimentos, em relação aos protocolos de segurança à Covid-19, será de responsabilidade dos próprios municípios”, explicou.

Na ocasião, Cabral também ressaltou que o hospital de campanha que vem sendo conduzido pelo Governo de Minas Gerais é o Hospital de Campanha do Expominas, mas frisou que, caso os municípios tenham intenção de construir hospitais de campanha em sua região, caberá aos próprios municípios essa implementação.

Finalizando a coletiva desta sexta-feira, o secretário Carlos Eduardo Amaral, enfatizou que, neste momento, somente as atividades consideradas essenciais são as que estão liberadas para acontecer. “Os protocolos que estamos preparando tem o objetivo de organizar e homogeneizar ao máximo os cuidados que esses estabelecimentos essenciais precisam adotar. Somado a isso, também estamos revisando os critérios de risco, impacto social, econômico e assistencial dos vários segmentos para que todas as ondas sejam bem delimitadas e, conforme o tempo for passando, principalmente este fim de semana, é possível que na próxima quarta-feira daremos o primeiro passo em sentido à primeira onda. Para isso, é fundamental que cada cidadão tenha responsabilidade a fim de proteger o coletivo. Utilize máscaras, evite o contato social sempre que necessário. Se você não precisa sair de casa, não saia”, finalizou.

Autor: Paula Gargiulo

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