A Coordenação de Regulação da Gerência Regional de Saúde (GRS) de Ubá se reuniu com oito municípios de sua jurisdição para discutir a PPI (Programação Pactuada Integrada), entre o fim de março e o início de abril. O estudo teve como objetivo identificar as pactuações, atualmente propostas e não executadas pelos municípios de atendimento. A ideia é que essas reuniões possam auxiliar os municípios nos desenhos mais adequados dos remanejamentos ordinários que são realizados duas vezes ao ano.
Os oito municípios em que o estudo e discussão da PPI com a Unidade regional já ocorreu são: São Francisco do Glória, Presidente Bernardes, Miradouro, Antônio Prado, Barão de Monte Alto, Rio Pomba, Tabuleiro e Vieiras. A PPI define os limites financeiros destinados à assistência da sua população e da população referenciada de outros municípios, norteando o acesso dos usuários aos atendimentos de média e alta complexidade, como explicou Walter Barros, técnico de Gestão em Saúde.
“Fizemos um levantamento dos recursos que os municípios do nosso território possuem em média complexidade, avaliando procedimentos, valores e quantidades; o que nos permitiu identificar recursos não utilizados, que são pontos falhos possíveis de ajustar. Sem esse trabalho, os recursos municipais continuariam pulverizados em cidades distantes e o usuário não teria acesso a eles. Como exemplo, podemos citar o caso da Secretaria Municipal de Saúde de São Francisco do Glória, que tinha recursos para exames laboratoriais em Miradouro, o que foi possível remanejar para dentro da própria cidade, facilitando para pacientes e para gestores”, esclareceu Walter.
A ação também contou com o trabalho da servidora Solange Santos, técnica de Gestão em Saúde, e da coordenadora do Setor de Regulação da GRS- Ubá, Fabiana Érica de Souza. Davison Carvalho, gestor da Saúde de São Francisco do Glória, confirma que o apoio da equipe técnica da GRS-Ubá foi decisivo para otimizar os recursos que seu município recebe. “Ganhamos um conhecimento maior e mais profundo da nossa PPI. Conseguimos identificar onde estavam alocados os recursos e fazer transferências importantes. Tínhamos PPI em Caratinga e Leopoldina, que são cidades fora de nosso alcance, para onde não tínhamos transporte, e assim pudemos realocar para Muriaé, que é dentro da nossa microrregião e tem todos os serviços de média complexidade que precisamos, o que beneficia diretamente o usuário, que terá mais acesso”, relatou Davison.
“Estamos com uma boa expectativa desse trabalho realizado pela Regulação com novos gestores municipais em 2021, que precisam de suporte para promoverem mudanças boas para a população. Esperamos que até o fim deste ano, todas as nossas 31 secretarias municipais de Saúde tenham recebido orientações, otimizando sua regulação e pactuando em municípios executores nos territórios, fortalecendo a Rede Assistencial Regional”, afirmou Aline de Almeida Prado, Diretora da GRS-Ubá.
Autor: Keila Siqueira de Lima