Na tarde esta terça-feira, 26/03, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) e a Secretaria Extraordinária para a Copa do Mundo (SECOPA) promoveram um simulado, que visa preparar os hospitais João XXIII, Eduardo de Meneses, Risoleta Neves e Odilon Behrens para situações atípicas na Copa das Confederações e Copa do Mundo.
A ação utilizou a metodologia do “Table Top” (semelhante a um jogo de tabuleiro), desenvolvido por Israelenses e muito usado na Europa, e que consiste em exercícios desenvolvidos que estuda formas de agir em situações de desastres/catástrofes que podem acontecer de forma inesperada e envolvendo grande aglomerado de pessoas.
O cenário proposto é estádio do Mineirão, com o objetivo de testar o acionamento destes hospitais e as rotas de fuga traçadas pelo setor de mobilidade da BH trans. A ação envolve, ainda, o SAMU, Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Militar. Além dessa ação, já existe na Saúde estudo que desenvolve metodologias para prevenção de problemas. Chamada de “Mass Gathering”, que é especializada em lidar com eventos que envolvam grande número de pessoas. Além do simulado ‘de mesa’, em maio vai acontecer um novo simulado, dessa vez envolvendo atores, figurantes, equipe médica e hospitais, testando as ações propostas de forma mais real. O Consultor da SES para assuntos de copa do mundo, Welfane Cordeiro, explica que a preparação de alguns hospitais públicos para as chamadas ‘situações de catástrofes ou de múltiplas vítimas’ já está em desenvolvimento há um ano e meio, através de um consultoria feita por um grupo de profissionais de Portugal em conjunto com a SES e hospitais. “Esse simulado propõe colocarmos ideias e ações em ‘prática’ no caso de um desastre, pois mesmo se tratando de uma situação inesperada, a Rede de urgência e emergência precisa responder de forma rápida e eficaz. Além dos simulados, os hospitais estão sendo preparados internamente. Hoje estamos fazendo a primeira ‘rodada’ do simulado, em que todos os órgãos necessários e responsáveis estão reunidos para mostrar como irão responder no caso proposto. É o momento também para correção de problemas e exposição de possíveis gargalos”
Para o Tarcísio Versiani, diretor de emergência do Hospital João XXII – maior do estado para atendimento de trama e com 350 atendimentos de emergência por dia –.o simulado é fundamental. “Este é o momento de treinarmos e testar a nossa capacidade de absorção caso seja necessário atender a um grande número de pacientes de forma inesperada. Já criamos um plano interno para o hospital, agora estamos praticando através do simulado de mesa e em breve teremos o simulado com atores e as equipes de atendimento devidamente posicionadas para consolidarmos ação”, diz.
A gerente de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Paula Martins, diz que o simulado é a integração de todos os serviços de saúde desde o pré-hospitalar até o hospitalar, envolvendo várias instituições e que prevê ainda atendimento local dos pacientes e distribuição dos mesmos nas unidades de saúde, “O Table Top vai medir a nossa capacidade de resposta em tempo hábil e de organização dos nossos sistemas para grandes eventos. É também mais segurança para a população e mais qualidade do serviço de saúde”, finaliza.
Autor: Guilherme Torres