SES reforça importância do exame e diagnóstico precoce do câncer de mama

Uma das principais causas de morte entre as mulheres no mundo, o câncer de mama, é também a doença que mais mata as brasileiras. O tratamento só é eficaz se o câncer for descoberto no início, através da mamografia. Para conscientizar a população feminina sobre a importância do exame, foi criado o Dia Nacional da Mamografia, comemorado neste domingo (05). Em Minas Gerais, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), possui um conjunto de ações que até 2014 vão impactar na redução da mortalidade em mulheres de 45 a 69 anos, estimulando a mamografia por rastreamento.

Esses exames são realizados em mulheres acima de 45 anos sem sintomas aparentes e que fazem a mamografia por prevenção. Esse projeto é um recorte do Programa Viva Vida, que, além da meta de redução da mortalidade infantil e materna em Minas Gerais, trabalha pela saúde integral das mulheres de Minas

De acordo com o coordenador estadual do Programa Viva Mulher, Sérgio Bicalho, as mulheres que mais precisam fazer o exame são aquelas acima de 60 anos e as que estão abaixo de 40 anos. “As mulheres precisam se conscientizar da importância da prevenção do câncer de mama e da mamografia, que deve ser feita pela primeira vez entre os 35 e 40 anos. Uma parcela significativa da população feminina ainda faz o exame”, ressalta.

Sérgio ressalta que não é recomendado confiar apenas no exame autoexame, pois ele pode não permite o diagnóstico precoce. “Mulheres que não sentem nada, não têm nenhuma queixa, não têm nada palpável, precisam da mamografia, pois a finalidade do rastreamento mamográfico é identificar um tumor ainda não palpável, onde existe a possibilidade de cura muito alta”, conclui.

Câncer em Minas

Segundo dados do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco da SES, as taxas brutas de mortalidade do câncer de mama passaram de 4,80 óbitos (1979) para 10,6 óbitos (2009), por 100.000 mulheres de Minas Gerais. O cálculo da variação percentual relativa do período mostrou o crescimento de 120% desse tipo de mortalidade. Em 2011, a SES realizou 405.555 mamografias, e no ano anterior, 341.622 mulheres fizeram o exame.

Em 2012, estimam-se, para Minas Gerais, 54.200 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, sendo 26.290 em homens e 27.910 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 260 casos novos a cada 100 mil homens e 267 para cada 100 mil mulheres. Para Belo Horizonte, estimam-se 8.560 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, sendo 3.940 em homens correspondendo a 337 casos a cada 100 mil homens e 4.620 em mulheres correspondendo a 349 casos a cada 100 mil mulheres.

Estimativas Brasil

No Brasil, as estimativas para o ano de 2012 serão válidas também para o ano de 2013 e apontam a ocorrência de aproximadamente 518.510 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma. Os tipos mais frequentes serão os cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, cólon e reto e estômago para o sexo masculino; e os cânceres de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto e glândula tireoide para o sexo feminino. São esperados um total de 257.870 casos novos para o sexo masculino e 260.640 para o sexo feminino.

A coordenadora do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco, Berenice Antoniazzi, o diagnostico precoce é fundamental para uma maior perspectiva de cura ou de melhora na qualidade de vida do paciente. “Lutamos contra a possibilidade da doença se tornar letal, mas sim que seja curada, controlada ou permaneça crônica. O que impede é que hoje as pessoas chegam muitas vezes tarde no atendimento para o diagnóstico”, diz.

Mortalidade

Tabela 1 – Número de óbitos por neoplasias segundo sexo. Minas Gerais, ano 2010

Neoplasias

Masculino

Feminino

Total

n

%

n

%

n

%

Neopl malig da traquéia,brônquios e pulmões

1.256

12,3

672

8,1

1.928

10,4

Neoplasia maligna do estômago

935

9,2

491

5,9

1.426

7,7

Neoplasia maligna da próstata

1.313

12,9

1.313

7,1

Neoplasia maligna do cólon,reto e ânus

565

5,6

614

7,4

1.179

6,4

Neoplasia maligna da mama

10

0,1

1.148

13,8

1.158

6,3

Neoplasia maligna do esôfago

818

8,0

266

3,2

1.084

5,9

Neopl malig mening,encéf e out partes SNC

454

4,5

387

4,7

841

4,5

Neoplasia maligna do pâncreas

395

3,9

371

4,5

766

4,1

Neopl malig do fígado e vias bil intrahepát

376

3,7

319

3,8

695

3,8

Neopl malig do lábio, cav oral e faringe

547

5,4

139

1,7

686

3,7

Leucemia

336

3,3

286

3,4

622

3,4

Neoplasias in situ, benig, comport incert

218

2,1

196

2,4

414

2,2

Neoplasia maligna do colo do útero

360

4,3

360

1,9

Linfoma não-Hodgkin

206

2,0

135

1,6

341

1,8

Neoplasia maligna da laringe

294

2,9

42

0,5

336

1,8

Neoplasia maligna da bexiga

199

2,0

112

1,3

311

1,7

Neoplasia maligna do ovário

307

3,7

307

1,7

Neopl malig de corpo e partes n/esp útero

293

3,5

293

1,6

Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos

151

1,5

129

1,6

280

1,5

Neoplasia maligna da pele

60

0,6

58

0,7

118

0,6

Restante de neoplasias malignas

2.045

20,1

1.990

23,9

4.035

21,8

TOTAL

10.178

100,0

8.315

100,0

18.493

100,0

Fonte: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM – Dados preliminares

Situação da base nacional em 24/11/2011.

Agência Minas, acesse aqui as notícias do Governo de Minas. Acompanhe também no http://www.youtube.com/agenciaminasgerais

Autor: Guilherme Torres


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