Acontece desde segunda-feira, 22/07, e hoje, 23/07, em Santo Antônio do Monte, centro oeste do estado, a Segunda oficina para os profissionais da Atenção Primária do município para a implantação do Laboratório de Inovações na Atenção às Condições Crônicas (Liacc). A segunda oficina tem como tema “Cadastro Familiar e Diagnóstico local”. O objetivo da capacitação é conhecer os resultados preliminares da revisão do território do município, os fundamentos, conceitos e fases do cadastramento familiar, compreender a utilização deste cadastro no modelo de atenção às condições crônicas, além do roteiro do diagnóstico local.
Atualmente, Santo Antônio do Monte conta com 8 Equipes de Saúde da Família (ESF), sendo 6 urbanas e 2 rurais. A Cobertura do Programa de saúde Família é 96%. Cada equipe apresentou o perfil social e econômico da localidade de abrangência da equipe. As áreas de risco (esgoto a céu aberto, pontos de uso de drogas e prostituição), os pontos de apoio à atenção à saúde (farmácias, hospital, CAPS) e os equipamentos sociais e as áreas de lazer (Escolas, bares, restaurantes). Além disso, a ESF aplicou um questionário com alguns moradores para saber qual a percepção deles com serviço prestado pela Unidade e os fatores dificultadores e facilitadores.
“O que buscamos aqui é organizar os processos de atendimento e dos serviços prestados pelo SUS aos usuários, para que sejam de qualidade e resolutivos”, comentou a Coordenadora da Atenção Primária de Santo Antônio do Monte, Juliana Ferreira Silva. Para o tutor da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, responsável pela orientação da Oficina, Marco Túlio, é necessário que o trabalho dos profissionais da Atenção Primária não se restrinja apenas à Unidade Básica. Para ele, é necessário sair de uma atenção focada no indivíduo para uma atenção centrada na família e gerar um vínculo para que ela se torne também uma unidade de cuidado. Um método para que a família seja um agente de promoção e prevenção à saúde. “É preciso ter estes dados sempre atualizados. É fundamental fazer uma discussão sobre tudo que estamos fazendo para a organização dos Macroprocessos da Atenção Primária. O nosso objetivo é conhecer as famílias adstritas às equipes e possibilitar um conhecimento mais preciso destes dados levantados”, destacou o tutor.
Os profissionais fizeram também na oficina uma discussão sobre o questionário a ser aplicado pelos Agentes Comunitários de saúde às famílias. Este questionário terá o papel de pegar alguns indícios sobre o perfil das pessoas. Este cadastro será o primeiro contato do Agente com a família e possibilitará traçar plano de prevenção e promoção específico para aquela área. “O cadastro é o primeiro contato do agente com a família. Nós vamos ter um momento específico de prevenção e promoção. É quando os profissionais farão uma abordagem com a família. O ACS vai pegar indícios neste primeiro contato que irão apontar alguma suspeita. Precisamos das tecnologias adequadas para realizar ações preventivas”, explicou o Assessor de Normalização da SES, Marco Antônio Bragança.
Monitorar e identificar as experiências para que os trabalhos das Redes de Atenção às condições de doenças Crônicas para que possam ser implantadas em outros municípios da região é outro fator importante do Liacc. “A Superintendência tem o papel de apoiar o município na organização dos processos, monitorar o andamento dos produtos e com isso identificar as melhores experiências para trabalhar na implantação dos processos de trabalho em outras cidades do centro-Oeste”, finalizou a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de saúde de Divinópolis, Susana Ximenes.
Liacc
A implantação do Laboratório de Inovação e Tecnologia que terá como meta será gerar inovação através de pesquisas avaliativas e produzir evidências que originem resultados positivos à população no tratamento de doenças como diabetes e hipertensos. A ideia é realizar um trabalho de pesquisa e utilizar novas técnicas junto com a Atenção primária e articulá-la com a atenção Secundária
Autor: Willian Pacheco