SES promove seminário para debater violência em Divinópolis e região

No dia 14 de Dezembro, no município de Divinópolis, foi realizado o 1° Seminário Macrorregional de Políticas Públicas para Prevenção à Violência e Cultura da Paz. O evento, organizado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, contou com palestras sobre Carga Global de Doenças e mostrou a experiência bem sucedida da cidade de Itaguara, que apresentou o grupo de percussão “Moleques do Morro”, do Projeto Construindo Alternativas para um Projeto de Vida, que previne o uso de drogas.“O objetivo do projeto é prevenir o uso de drogas por meio da arte e sensibilizar os adolescentes para a realidade local e fortalecer as raízes culturais. Além da oficina de percussão, temos também a de fotografia, Hip Hop, teatro entre outras”, disse o coordenador do projeto e da Atenção Primária de Itaguara, Everton Vinício.   O Seminário abordou como o aumento de comportamentos não saudáveis como o sedentarismo, alimentação inadequada e ascensão epidêmica da morbi-mortalidade por violência tem contribuído para o aparecimento de Doenças e Agravos não Transmissíveis (Dants).  O Estudo de Carga Global de Doenças, realizado em Minas de 2004 a 2006, mostra uma mudança tanto no perfil demográfico, como a diminuição da taxa de fecundidade, quanto no epidemiológico. O Estudo que combina simultaneamente os anos de vida perdidos por morte prematura com anos de vida perdidos por incapacidade expõe que a expectativa de viva aumentou, mas que fatores comportamentais e socioeconômicos influenciam na qualidade de vida. “Fatores como obesidade, sanitários e acidentes de trânsito são alguns dos que influenciam na qualidade de vida das pessoas”, explica o Consultor da Secretaria de Estado de Saúde de minas Gerais, Antônio José Meira.          “A complexidade do enfretamento das questões da violência exige um grau de reflexão para os trabalhadores de saúde, educação, assistência social para que possam elevar a qualidade de informações advindas de instrumentos utilizados para esse fim e que se tornem capazes de diagnosticar a violência e assim promovam ações de prevenção e promoção à saúde”, disse a Referência de Promoção à Saúde e Dants da SRS-Divinópolis, Celma Tavares.  

        Qualidade das informações

 Para melhorar a qualidade das informações e retratar a realidade os casos de violência dos municípios, o Ministério da Saúde (MS) criou o Sistema de Violência e Acidentes (Viva) em 2006. Em 25 de janeiro de 2011, a Portaria 104 do MS introduziu a violência doméstica, sexual e/ou outras violências como um agravo de notificação obrigatória em todo o território nacional realizada pelos profissionais de saúde que atuem na área como forma de mensurar e obter mais informações sobre a violência intrafamiliar.Embora os dados ainda sejam subnotificados, na Macrorregião Oeste as notificações aumentaram no comparativo de 2010 com 2011. Em 2010, nos 55 municípios jurisdicionados à SRS-Divinópolis, foram notificados 418 casos no Sistema Nacional de Agravos e Notificação (Sinan-Net) de violência doméstica, sexual e outras violências. Já em 2011, foram 635 casos. Violência por lesão Auto provocada foram 145 em 2010 e 119 em 2011. Por arma de fogo foram 17 em 2010 e 13 em 2011.  Notificações por estupro foram 8 em 2010 e 10, em 2011.Estes são alguns dados que estão no Relatório Técnico de Vigilância em Violência da Macro-Oeste. Os dados se referem aos casos que chegaram em uma das portas de entrada da Saúde ( Unidades Básicas, Hospitais , Pronto Atendimentos) e que foram notificados.

 Intersetoralidade  

Para fortalecer as notificações e as políticas públicas de prevenção da Violência são necessárias ações intersetoriais com as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, judiciário, promotoria, Saúde, Educação, Assistência Social e outros como ocorre hoje em no município de Nova Serrana, por exemplo.  “Nós temos um grupo gestor que levanta as principais prioridades para elencar três. Nós estabelecemos prazos para as ações. O interesse maior do grupo é a melhoria da qualidade de vida e diminuir os indicadores da violência. É um esforço coletivo”, explicou Lúcia de Brito, da Vigilância Epidemiológica de Nova Serrana e membro do grupo Aliança pela Cidadania do município.“A Saúde hoje precisa e deve trabalhar de forma intersetorial, buscando parcerias com outras instituições para solucionar um mesmo problema e assim monitorar e avaliar melhor as políticas públicas”, completou a coordenadora da Atenção Primária e Superintendente Adjunta da SRS-Divinópolis, Kênia Carvalho.  

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Autor: Willian Pacheco/ SRS Divinópolis


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