Mariana e Ouro Preto, cidades da região central de Minas Gerais, conhecidas pela importância histórica, pelo barroco e pelo carnaval estão sendo mobilizadas contra a dengue pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com o município.
“É relevante fazermos ações antes do carnaval para diminuir os locais de possíveis focos, bem como para educar, informar e conscientizar, tanto a população local, quanto aos turistas”, afirma o superintendente da Regional de Saúde de Belo Horizonte, Paulo de Tarso Auais.
Emerik Santos levou à Praça da Estação, local da mobilização em Ouro Preto, pneus e garrafas pet. “Para mim, essa ação é importante, por evitar lixo nos rios, mosquitos e outros animais. Se todo mundo colaborar, a dengue acaba. Evitar é o melhor remédio”. José Xavier também aderiu ao movimento de promoção à saúde e ao meio ambiente. “Trouxe pneus e troquei por cadernos. Mais importante do que a troca em si é a ação pela saúde e pelo meio ambiente. Devemos aproveitar e realizar ações após o Carnaval”.
Para o coordenador de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Preto, Ricardo Martins, o momento de agir é oportuno. “É interessante esta ação nas cidades históricas. Recebemos muitos turistas e é necessário conscientizar em relação à dengue e ao meio ambiente. Não deixar lixo nas cachoeiras e nos demais locais, porque podem servir de foco e é prejudicial ao meio ambiente”.Em Mariana, o clima é o mesmo. Alexandre Campos levou a irmã mais nova, Isabel, ao local de troca em frente ao Centro de Convenções, no centro da cidade. Lá ela teve informação sobre a doença e levou, além do material didático, produções gráficas de promoção à saúde. ”É fundamental trabalhar a conscientização no estudante, tanto sobre não deixar água parada para evitar a doença, quanto sobre educação ambiental”.
A mensagem de Elizabete Silva é forte no ambiente festivo. A moradora levou garrafas pet e latas para trocar por lápis e borracha. Mas, também compartilhou a experiência sobre o perigo da dengue. “É claro que o material didático ajuda. Porém, temos que ver o quão perigosa é a doença. Um amigo próximo perdeu a esposa por causa da dengue. Ela faleceu aos 24 anos. A dengue mata mesmo”.
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Autor: Leandro Peters Heringer