Na última segunda-feira, 19/09, e hoje, terça-feira, 20/09, a a Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis realizou com profissionais de Saúde de 15 municípios da Região Ampliada Oeste a capacitação do “Programa de Controle do Tabagismo – Minas Gerais”.
Organizado pelo Núcleo de Atenção Primária à Saúde (NAPRIS) da SRS-Divinópolis o encontro teve o objetivo de orientar os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) em relação à Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo no SUS, do Ministério da Saúde. Elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), dentro do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, o plano visa reduzir a prevalência de fumantes no país e sua consequente morbimortalidade por doenças relacionadas ao tabaco.
“A capacitação teve como propósito qualificar os profissionais da Atenção Primária para abordagem breve, básica e intensiva ao fumante. Foram chamados para o encontro médicos, dentistas, psicólogos, farmacêuticos e nutricionistas dos municípios”, comentou a referência técnica de Controle ao tabagismo da SRS-Div, Caroline Amaral Nogueira Dias.
Durante os dois dias de capacitação foram discutidas as políticas públicas do tabagismo, legislações pertinentes, conceitos para abordagem ao fumante, terapia cognitivo-comportamental, tratamento medicamentoso, fatores dificultadores para a cessação do tabagismo, benefícios ao parar de fumar, avaliação clínica do fumante, promoção da saúde e experiências exitosas.
Tratamento oferecido pelo SUS
A SES-MG, em parceria com municípios, Ministério da Saúde e Instituto Nacional do Câncer (INCA), oferece tratamento para tabagismo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O Programa de Controle do Tabagismo (PCT) do estado inclui um conjunto de ações como a redução da prevalência de fumantes, proteção ao fumante passivo, capacitação profissional, campanhas de mobilização, regulação dos produtos derivados do tabaco através de ações educativas e de mobilização, entre outras atividades. Essas ações têm como objetivo reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco.
O usuário que demonstre interesse em parar de fumar deverá procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, onde será acolhido e avaliado por uma equipe de saúde. Essa avaliação inclui uma investigação das principais doenças e fatores de risco relacionados ao tabagismo, bem como do grau de dependência e suas preferências para o tratamento.
O modelo de tratamento é baseado em uma abordagem cognitivo-comportamental, com a possibilidade de ser realizado em grupo ou individualmente, podendo haver apoio medicamentoso. O tratamento é iniciado com quatro encontros semanais (quatro semanas), que evoluirão para encontros de manutenção até que se completem doze meses de acompanhamento.
“A vontade de fumar não dura cinco minutos. A pessoa que está no processo de parar de fumar, nós orientamos, como mudança de hábitos, trocar os lençóis, lavar o carro, retirar o cinzeiro, dar os isqueiros, não guardar cigarros e evitar hábitos associados como tomar café e bebidas alcoólicas”, destacou a Coordenadora do Programa de Controle ao Tabagismo do município de Itaúna, Cláudia Braz.
Autor: William Pacheco