SES capacita fiscais da Vigilância Sanitária no Centro-Oeste

Fiscais da Vigilância Sanitária dos 55 municípios da região de saúde Centro-Oeste participaram, nos dias 15 e 16, da 1ª Oficina de capacitação em inspeções de consultórios odontológicos. O evento foi realizado pelo Núcleo de Vigilância Sanitária (Nuvisa), da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis (SRS-Div), e teve como objetivo instrumentalizar os profissionais para realizarem as inspeções em clínicas e consultórios dentários.

Durante o encontro, foram discutidos sobre os procedimentos realizados em estabelecimentos de assistência odontológica, sobre a legislação vigente e foram apresentados os ambientes, equipamentos, os processos de esterilização de consultório, orientação para o gerenciamento de resíduos, a infraestrutura para a aprovação de projeto arquitetônico e próteses odontológicas.  

“Esta capacitação busca fortalecer o projeto de fortalecimento da vigilância em saúde para que as ações como as inspeções em consultórios e clínicas odontológicas, que fazem parte do elenco 1, possam ser descentralizadas para os municípios”, disse a autoridade sanitária da SRS- Divinópolis, Paulo Henrique Alves. 

A dentista da Nuvisa da SRS- Uberlândia, Gilda Pires, abordou como os consultórios são classificados, quais os documentos necessários para o profissional requerer o alvará sanitário, os equipamentos e aparelhos necessários, o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e como avaliar as fontes de risco.

“Numa inspeção uma das coisas que nós fiscais iremos olhar é se o que é para ser esterilizado está sendo executado. Outra, se os materiais descartáveis estão sendo reutilizados, o que é considerado risco para a saúde. Nós olhamos muito a rotulagem. Assim podemos reconhecer as fontes de perigo e avaliar as situações de risco que essa fonte oferece e controlá-la, tomando decisões técnicas e ou administrativas para promover mudanças. Outro ponto importante, o ambiente do consultório será sempre considerado contaminado, portanto o dentista vai usar EPI com todos os pacientes porque não se sabe onde os germes estão”, explicou a dentista.

Muito mais do que fiscalizar, o trabalho da Vigilância sanitária deve pautar também pela educação, trabalhando as informações e orientar para que os profissionais trabalhem de acordo com legislação e assim não ofereçam risco sanitário.

O dentista da Vigilância Sanitária de Divinópolis, Emílio Prado da Fonseca, falou sobre a importância de sempre conferir os equipamentos, ver os materiais que os dentistas utilizam. “Durante a fiscalização, o profissional deve abrir as gavetas e verificar as datas de validade dos produtos. “Além de explicar quando encontrar algo errado, questionar e orientar o dentista para descartar. Parece trivial, mas é possível encontrar dentistas que reutilizam os tubetes de anestesia (tubos pequenos onde se encontra o anestésico)”, destacou.

A arquiteta da Nuvisa da SRS-Divinópolis, Flávia Coimbra, apresentou os requisitos necessários para o projeto de um consultório ou clínica ser aprovado pela Vigilância Sanitária. “É necessário que tenhamos em mente que o consultório será sempre considerado uma área crítica. O primeiro passo é classificar este consultório quanto ao tipo, olhando número de cadeiras, se tem raio X, qual o tamanho, onde ficará o compressor, o acesso aos pacientes ao consultório. Ou seja por onde ele entra. Se tem acesso para pessoas com deficiência física. Temos que olhar também a estrutura física e os equipamentos”, finalizou a arquiteta.

Autor: Willian Pacheco

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