SES alerta sobre necessidade de combater a Coqueluche

SES alerta sobre necessidade de combater a Coqueluche

A Coqueluche, também conhecida por pertussis, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis e compromete principalmente o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). É transmitida principalmente pelo contato direto da pessoa doente com outra suscetível (não vacinada) através de gotículas de saliva expelidas pela tosse, espirro ou ao falar. A coqueluche pode ocorrer em qualquer época do ano e em qualquer fase da vida, mas as crianças menores de dois anos têm maior probalidade de ter a doença.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG), além de disponibilizar a vacina contra a coqueluche, implantou em 2012 o Projeto de Fortalecimento da Vigilância em Saúde (Resolução SES n.º 3152/2012), que tem como objetivo incentivar ações de vigilância em saúde, por meio de incentivo financeiro aos municípios.

Em Minas Gerais, foram notificados em 2012, até o momento, 167 casos da doença, desses, 4 pessoas foram a óbito. Em 2011 foram 82 casos; 2010 foram 22 casos, 2009 foram 76 casos, 2008 foram 40 casos e 2007 88 casos notificados.

Segundo a especialista em difteria, tétano e coqueluche da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG), Luciene Rocha, o aumento dos casos neste ano se deve a vários fatores: “O aprimoramento do Sistema de Vigilância, incluindo a  melhora da qualidade dos bancos de dados, é um desses fatores, pois com a intensificação da vigilância, aumentam as notificações dos casos”, explica.

Vacina

O Ministério da Saúde incluiu em 2012, no calendário de vacinação da criança, a vacina pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), visando diminuir o número de aplicações de injeções nas crianças. A eficácia da vacina gira em torno de 75 a 80%.  A Pentavalente também imuniza contra a Difteria, o Tétano, Hepatite B e Haemophilus Influenzae tipo b. A vacina está disponível na rede pública para imunização de crianças menores de um ano de idade. A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade, portanto com 2, 4 e 6 meses. Dois reforços são necessários para completar o esquema vacinal, mas dessa vez com a vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche), o primeiro reforço com 15 meses e o segundo aos 4 anos. A partir de 11 anos de idade o esquema vacinal passa a ser com a vacina dT (difteria e tétano), ficando a partir dessa idade sem imunização contra a coqueluche, já que  o reforço ainda não é disponibilizado pelo Ministério da Saúde.Por esse motivo o Ministério da Saúde pretende incluir o reforço no calendário da mulher gestante, para evitar que ela passe a doença ao filho. ”A vacina é o meio mais eficaz de combater a coqueluche”, ressalta Luciene.

Sintomas

Luciene Rocha explica que os principais sintomas da Coqueluche são: tosse seca, tosse súbita, rápida e curta (guincho), febre pouco intensa, mal estar geral, coriza e vômito e que o tratamento é feito com antibiótico. A especialista da SES/MG ressalta, ainda, que o diagnóstico deve ser feito por um médico e que somente ele poderá prescrever a medicação necessária ao combate da doença. De acordo com ela, um dos maiores problemas encontrados atualmente no que se refere à coqueluche é o diagnóstico errado, pois os sintomas da doença são muito parecidos com outras patologias como a gripe, por exemplo, e que caso a coqueluche não seja diagnosticada de forma correta a doença pode ser confundida com outras como trauqeobronquites, broquiolites, adenoviroses, laringites: “O diagnóstico preferencial é feito por laboratório, colhendo material da nasofaringe para isolamento da bactéria. Caso haja algum indício da doença a indicação é procurar imediatamente uma Unidade de Saúde”, completa.

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Autor: Verônica Cruz


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