Evento realizado pela Regional de Saúde de Passos reuniu gestores e profissionais para preparação para o período sazonal 2025/2026
A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos promoveu, nos dias 16 e 17/9, o Seminário Macrorregional de Preparação ao Período Sazonal das Arboviroses 2025/2026. O encontro, realizado no auditório da Ameg, reuniu secretários municipais de saúde, equipes de vigilância, médicos e enfermeiros, com foco na atualização das estratégias de prevenção, controle e assistência contra a dengue, chikungunya, Zika, febre amarela e febre oropouche.
Na abertura, a superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, destacou a importância da mobilização conjunta. “A chave está em trabalhar juntos, entender as ações que estão sendo realizadas e saber como podemos fortalecer nossos esforços coletivos”, disse a superintendente. Segundo ela, a colaboração entre todos os setores públicos e privados é essencial para o sucesso das ações na área de abrangência da SRS Passos, além de garantir a eficácia do trabalho realizado.
A programação contou com palestras e apresentações de referências técnicas da SRS Passos e da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses (CEVARB/SES-MG), além da apresentação de cinco casos clínicos para discussão em grupo.
A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Passos, Márcia Aparecida Silva Viana, reforçou a importância do manejo clínico adequado. “Todos nós sabemos que um óbito por dengue é totalmente evitável, e a superintendência investe na capacitação de médicos e enfermeiros para que possam impedir essas mortes no período crítico de dezembro a maio”, observou.
Segundo Dionísio Pacelli, referência técnica da CEVARB, o encontro em Passos marcou a quarta etapa da Jornada Mineira das Arboviroses 2025/2026. “Estamos muito satisfeitos com a grande participação do público. Sempre que discutimos vigilância e manejo clínico, o objetivo final é oferecer um atendimento melhor e mais qualificado para a população”, disse.
Entre os convidados, o infectologista Luiz Carlos Coelho, da Força Estadual do SUS de Combate às Arboviroses, ressaltou a metodologia de discussão de casos clínicos. “Todo mundo participa, se entende como capaz de contribuir. São situações emblemáticas que ajudam a compreender a gravidade de óbitos evitáveis”, disse. Luiz Carlos também enfatizou que o diagnóstico e o manejo oportunos fazem a diferença na recuperação dos pacientes: “O tempo correto de suspeição, diagnóstico e intervenção clínica é o divisor de águas para que o paciente se restabeleça”, afirmou
Já para a enfermeira da atenção básica de São Sebastião do Paraíso, Carmem da Conceição de Souza, a experiência trouxe ganhos práticos. “O seminário foi de grande valia. Tivemos uma prévia do cenário epidemiológico e informações que vão melhorar meu trabalho na assistência básica”, disse.
O evento discutiu ainda o cenário epidemiológico estadual e regional, planos de contingência municipais, vigilância hospitalar, fluxo de medicamentos e critérios de utilização do UBV (Ultra Baixo Volume). A iniciativa integra a Jornada Mineira das Arboviroses, organizada pela SES-MG em parceria com o Instituto René Rachou e a Fiocruz Minas, que já realizou três etapas em Belo Horizonte.
Texto e foto: Enio Modesto