Secretário de Saúde participa da inauguração da nova sede da Associação de Diabetes Infantil

Secretário de Saúde participa da inauguração da nova sede da Associação de Diabetes Infantil

O Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques participou nessa quarta-feira, 28/11, da abertura da nova sede da Associação de Diabetes Infantil (ADI). A ADI é uma instituição sem fins lucrativos fundada em 26 de maio de 2007 por Cidinha Campos, que descobriu que sua filha Maria Eduarda tinha o diabetes e resolveu ajudar outras mães que também passavam pelo mesmo problema que ela. O diabetes mellitus é considerado atualmente um dos maiores problemas de saúde pública, com estimativa em torno de 360 milhões de diabéticos em todo o mundo. Só em Belo Horizonte este número chega a 200 mil pessoas diagnosticadas, das quais 10% são crianças.Além de descerrar a placa inaugural da instituição, o Secretário falou de maneira emocionada aos presentes relatando que perdeu um familiar querido, vítima de diabetes: ”Quero dizer da minha imensa satisfação em estar aqui por diversos motivos, alguns muito íntimos de ordem pessoal. Tive uma familiar diabética e a significância dessa cerimônia é em memória a esse ente tão querido que me fez aprender muito da vida e da importância de todos serem  militantes dessa causa tão importante para a sociedade. Em nossas tratativas do dia a dia na busca de resultados para o cidadão, aprendi por dever do oficio que existem ações que a sociedade faz muito melhor que os governos. A participação do terceiro setor, da sociedade civil de forma sinérgica, harmônica e de forma não competitiva com a gestão pública é fundamental para a sociedade”, completou.O Secretário falou sobre a importância do auto cuidado, explicou que todos prometem que irão começar a fazer um regime na segunda-feira, pois sabem que a gordura abdominal faz mal à saúde, mas geralmente não cumprem sua promessa até que algo de ruim aconteça e o caso precise de intervenção médica: “Aqui, nós estamos tratando do maior desafio da saúde, não só de Minas, não é do Brasil e sim do mundo inteiro que é como abordar as condições crônicas e neste caso o diabetes como elemento de grande relevância epidemiológico, enquanto um agravo que causa muitas vítimas. O desafio se coloca além da técnica. O desafio se coloca para a sociedade e para o indivíduo, estamos falando de condições crônicas, que o aspecto do auto cuidado que deriva de uma boa comunicação, da boa informação, mas acima de tudo de uma ação proativa do cidadão. Estamos falando aqui de doenças como o diabetes, o tabagismo, o sobrepeso, hipertensão, tantas outras condições que são nosso plano de fundo da saúde pública. Hoje dois terços da nossa carga de doença derivam dessas doenças crônicas e o governo sozinho não irá ter sucesso se o cidadão não se conscientizar que ele próprio precisa se cuidar”.Cidinha Campos, presidente fundadora da instituição relata como foi descobrir que sua filha tinha diabetes: “A minha filha é diabética. Ela ficou diabética aos 5 anos de idade e foi muito traumático para toda a família, pois nós não sabíamos como fazer. Todas as vezes que ela tinha que tomar insulina ela se desesperava e saia pela casa chorando e para amenizar o sofrimento da minha filha, me disseram que havia uma criança em Brumadinho que tinha diabetes e eu fui ao encontro dessa criança para mostrar a Maria Eduarda que haviam crianças na mesma situação que ela. E quando ela viu aquela criança tomando insulina na barriga ela ficou mais conformada e viu que haviam mais pessoas na mesma situação que ela, então isso ajudou muito para que ela seguisse o tratamento de forma adequada”.Cidinha ainda relatou como surgiu a idéia de montar uma instituição específica para crianças diabéticas: “Descobri que o importante era socializar essas pessoas. Também Pesquisei e descobri que haviam seringas próprias para crianças com espessura menor ou seja, o sofrimento poderia ser amenizado.  A mãe de uma criança diabética funciona como o pâncreas dela, pois é preciso medir o nível da glicose várias vezes ao dia e aí sim aplicar de forma correta a insulina.  Quando vi que as pessoas aplicavam a insulina de forma aleatória e não tinham esse cuidado, ou não possuíam recursos para ter um maior controle sobre a doença, resolvi montar a associação. Sou a presidente fundadora e hoje iremos homenagear a vice diretora da instituição, Maria do Rosário que faleceu no ano passado e que também era mãe de uma criança com diabetes”.O maior intuído da ADI é impedir que a doença seja diagnosticada em estágio avançado. Muito pacientes só são encaminhados às unidades de atenção secundária e depois terciária quando já estão com a saúde muito comprometida. Isso pode significar milhares de pacientes com sequelas irreparáveis devido às complicações decorrentes do descontrole crônico da glicemia:retinopatia, neuropatia, amputações e hemodiálise; fato, além de trágico para o indivíduo, muito oneroso para o estado.Além do Secretário Antônio Jorge participaram também do evento a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Adriana Bosco, da Coordenadora do Instituto de Ensino e Pesquisa da Santa Casa (IEP), Janice Sepúlveda.

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Autor: Verônica Cruz


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