Secretaria de Saúde avalia estratégias para ampliar uso da telessaúde na rede pública mineira

Tecnologia é uma grande aliada no cuidado, especialmente em regiões remotas e com difícil acesso a especialistas

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, acompanhado de outros gestores da pasta, visitou, nesta segunda-feira (7/4), o Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), em Belo Horizonte. O time da SES-MG foi recebido por representantes do hospital e conheceu de perto o funcionamento do projeto.

“A adoção de soluções como a telessaúde é fundamental para qualificar a assistência em saúde, sobretudo em um cenário de recursos limitados. Com eficiência e inovação, conseguimos ampliar o acesso da população aos serviços do SUS”, destacou Baccheretti.

A Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG), coordenada pelo Centro de Telessaúde do HC-UFMG, está presente em mais de 1.400 municípios de 14 estados brasileiros. O serviço alcança cerca de 45 milhões de pessoas, especialmente em regiões remotas e vulneráveis, oferecendo acesso a especialistas e diagnósticos com agilidade e precisão.

“A visita reforça o potencial da telessaúde como instrumento estratégico para aprimorar o cuidado em saúde. Há grandes oportunidades a serem exploradas em benefício de todos os mineiros”, ressaltou.

A visita foi acompanhada por Tom Ribeiro, coordenador de Pesquisa e Inovação do Centro de Telessaúde do HC-UFMG, que apresentou os principais serviços da Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) e destacou o impacto da iniciativa na qualificação da atenção em saúde. Ele reforçou o compromisso da equipe em ampliar o alcance da telessaúde no estado, mesmo diante dos desafios operacionais e financeiros.

“Estamos empenhados em buscar soluções que otimizem os recursos disponíveis e garantam a continuidade e expansão dos serviços prestados à população”, afirmou.

Com mais de 10,4 milhões de eletrocardiogramas interpretados remotamente, o Centro tem impacto direto na redução do tempo do diagnóstico e na detecção precoce de infartos e arritmias. Um em cada dez exames ambulatoriais de ECG pelo SUS é laudado pela RTMG.

Além dos telediagnósticos em cardiologia, são realizados exames como espirometria e retinografia, teleconsultorias, teletutorias e produção de materiais educativos para profissionais de saúde. O serviço também oferece suporte remoto para atendimentos de urgência, como os casos de infarto agudo do miocárdio (IAM) no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).

A visita incluiu uma discussão sobre a incorporação da telessaúde nos fluxos assistenciais e estratégias para ampliar a adesão ao serviço. A ideia é expandir o uso da tecnologia para fortalecer a rede de atenção à saúde em todo o estado.

“Nosso compromisso, enquanto gestores públicos, é identificar iniciativas de excelência, como esta, e integrá-las cada vez mais à rede estadual de saúde, garantindo um SUS mais resolutivo e acessível em Minas Gerais”, finalizou o secretário de Saúde.

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