Direcionado a profissionais de imunização da microrregião de Uberaba, o curso aconteceu em espaço cedido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), nos últimos dias 26 e 27/08. Enfermeiras e técnicas de enfermagem foram qualificadas quanto ao manejo do banco de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), e fizeram exercícios sobre a classificação de risco e a qualidade dos dados inseridos no sistema.
De acordo com Marina Scalon, referência técnica regional em imunização, “o objetivo é identificar aspectos importantes no monitoramento de dados, a fim de qualificar o SI-PNI e promover também o desempenho de intervenções oportunas que contribuam para o aumento das coberturas”. Para a enfermeira do município de Sacramento, Mirlene Barcelos, o curso viabilizará mais dinamismo na busca ativa de pessoas a vacinar. Segundo ela “o próximo passo é replicar este conhecimento em todas as salas de vacinas do município”.
Thaís Barbosa, enfermeira da Vigilância Epidemiológica da Regional de Uberaba, é muito importante esse tipo de treinamento, já que a participação dos municípios é essencial no compartilhamento de experiências exitosas e dos principais problemas encontrados no dia a dia de trabalho, assim como possíveis soluções. “Esperamos que tenha impacto positivo no aumento das coberturas, na melhora da qualidade dos dados, e que possa aproximar e criar um vínculo maior entre os profissionais de imunização da região”, conclui.
Já Denise Maciel, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional de Uberaba, é importante que a equipe faça uso do sistema para embasar seu trabalho na busca ativa, elevando e tornando homogêneas as coberturas vacinais. Ela salienta que “boas coberturas estão ligadas a uma postura profissional embasada em dados científicos que vão além dos números elevados. Aqueles que atuam na saúde pública precisam ter visão crítica e ampliada sobre o quanto as vacinas são importantes para a população. Movimentos antivacinas também estão impactando negativamente e, por mais que se possa ter uma orientação individualizada para determinados pacientes, é necessário que os profissionais compreendam o impacto coletivo da não vacinação”.
Na região de saúde Triângulo Sul, a vacinação da Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) alcançou a meta de mais de 95% da população alvo vacinada, assim como da vacina BCG. No entanto, todas as demais coberturas encontram-se abaixo da meta.
Autor: Sara Braga