Referências técnicas dos 33 municípios que pertencem à Regional de Saúde de Diamantina participaram, nesta segunda-feira (30/9), de uma capacitação promovida pelo Núcleo de Vigilância. O objetivo é a implantação da vigilância da infecção latente da Tuberculose (ILTB) e atualizações sobre o manejo clínico da doença.
Durante todo o dia, as apresentações focaram na análise do perfil clínico e sociodemográfico das pessoas tratadas para ILTB; na descrição, monitoramento e avaliação dos indicadores operacionais e epidemiológicos das pessoas tratadas no estado; em subsidiar o planejamento e a ampliação das ações de detecção e tratamento da ILTB e no alinhamento de esforços para a redução do número de casos da doença ativa.
Para a referência técnica da Tuberculose da Regional de Diamantina e coordenadora do evento, Carolina Di Pietro Carvalho, a abordagem coletiva das principais atualizações do manual de recomendações para controle da Tuberculose no Brasil é extremamente importante, porque fortalece o trabalho dos profissionais que lidam com a doença nos municípios. “A atualização de informações e a troca de experiências entre os participantes trazem mais efetividade nas ações de controle e combate da doença”, explicou Carolina.
A referência técnica da Vigilância Epidemiológica do município de Araçuaí, a enfermeira Maria Neide de Souza, participou da capacitação e destacou a importância das informações repassadas e compartilhadas no evento. “Os temas foram brilhantemente explanados pela Carolina Di Pietro, da Regional de Diamantina, que direcionou com objetividade as ações de prevenção e notificação dos casos de infecção latente da Tuberculose. Tivemos um direcionamento mais sistematizado, com fluxograma e discussão de possibilidades nos atendimentos em rede. Valeu muito a pena o treinamento”, destacou Maria Neide.
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (março/2019), atualmente a Tuberculose é responsável por mais óbitos que o HIV/AIDS no mundo. Em 2017, estima-se que 10 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose e que a doença tenha causado 1,3 milhão de mortes no mundo, o que a mantém entre as 10 principais causas de morte no planeta. Trata-se de uma doença infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões. A tuberculose é curável e o tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde-SUS.
Autor: Ricardo Maciel