Profissionais da microrregião de São João del Rei são capacitados para manejo de doenças crônicas transmissíveis

Mais de 130 profissionais da Atenção Primária à Saúde participaram, na última sexta-feira (13/6), de uma capacitação promovida pela Gerência Regional de Saúde (GRS) de São João del Rei. O evento foi realizado no anfiteatro da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) e teve como foco o manejo de doenças crônicas transmissíveis, como hepatites virais, leishmaniose cutânea e visceral, hanseníase, tuberculose e HIV/aids.

A capacitação foi conduzida pela equipe do Serviço de Atenção Especializada (SAE) Ampliado da Macrorregião de Saúde Centro-Sul e contou com a presença de médicos, enfermeiros e profissionais da Vigilância em Saúde dos municípios que compõem a microrregião de São João del Rei.

A diretora-adjunta da GRS, Patrícia Cristina de Oliveira, destacou a importância do encontro para o fortalecimento da rede de atenção especializada. “É uma oportunidade estratégica para discutir fluxos de atendimento, carteira de serviços, referência e contrarreferência – processos fundamentais para garantir uma assistência qualificada e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou.

O médico infectologista da macrorregião Centro-Sul e referência técnica do SAE Ampliado, Hebert José Fernandes, explicou que o objetivo da capacitação é qualificar os serviços da Atenção Primária em articulação com a Atenção Especializada. “Buscamos fortalecer a assistência regional com foco no diagnóstico, rastreamento e manejo das doenças previstas na carteira de serviços do SAE”, afirmou.

Durante o encontro, Hebert também abordou a atuação do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da macrorregião, responsável por oferecer apoio técnico aos CRIEs da microrregião e contribuir para o encerramento de casos de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI).

A gerente da Vigilância Epidemiológica de São João del Rei, Katiucia Canaan, ressaltou o papel estratégico da capacitação na promoção da saúde pública. “O tratamento dessas doenças exige mais do que uma abordagem clínica. É necessário um trabalho integrado, contínuo e estratégico entre os serviços. A capacitação proporcionou uma troca de experiências valiosa, ampliando a compreensão sobre estratégias de prevenção, controle e manejo clínico”, avaliou.

Segundo Hebert, a participação dos profissionais foi um dos destaques do evento. “O público foi bastante engajado. O anfiteatro da UFSJ tornou-se um espaço de debate e troca de saberes sobre temas sensíveis, como as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”, pontuou.

A enfermeira Shalla Mourão, da Estratégia Saúde da Família do município de Piedade do Rio Grande, também elogiou a iniciativa. “Tenho 21 anos de experiência no SUS e achei essa capacitação extremamente relevante. Esses encontros precisam acontecer com mais frequência, especialmente para os profissionais mais jovens, que ainda não tiveram contato com esses agravos”, concluiu.

Texto e foto: Antonio Maria Ferreira

Rolar para cima